Tendências e projeção da mortalidade do município de São Paulo - 1920 a 2100
AUTOR(ES)
Flavia Sommerlatte Silva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009
RESUMO
O objetivo deste trabalho foi projetar o nível e o padrão da mortalidade do município de São Paulo, de 2006 a 2100, através do método Lee-Carter de projeção da mortalidade. Inicialmente, testou-se a validade da aplicação do método para a população do município de São Paulo, projetando a mortalidade do ano 2000, tomando como base diferentes períodos de ajuste para o modelo. Observou-se que o método tende a se ajustar bem aos dados, dando origem a projeções cujos resultados foram muito próximos dos valores observados e os intervalos de confiança continham esses valores. Os resultados da projeção de mortalidade da população feminina do município de São Paulo foram próximos dos observados nos países desenvolvidos, sendo que o período a partir de 1950 foi considerado o mais adequado para a projeção. Já a projeção da mortalidade masculina resultou em padrões de mortalidade distorcidos durante o século XXI, devido às altas taxas de mortalidade em idades adultas jovens, experimentadas pela população masculina de São Paulo a partir de 1980. Por isso, optou-se por projetar a mortalidade dessa população utilizando duas alternativas metodológicas: (1) considerar que a mortalidade masculina, a partir de 1980, foi aquela projetada tomando como base período de 1920 a 1980; (2) considerar que os óbitos de homens paulistanos por causas externas, nesse período, ocorreram devido às demais causas de óbito. A segunda alternativa foi escolhida como a mais adequada. Sendo assim, as esperanças de vida ao nascer projetadas para homens e mulheres paulistanos foram de 77,79 e 84,35 anos para 2050 e 82,91 e 91,91 para o ano de 2100. Esses resultados foram utilizados na estimação de anuidades de vida, considerando a utilização da tábua de mortalidade de período de 2005 e a mortalidade projetada para diferentes coortes presentes no ano de 2005. Observou-se que o valor estimado considerando o declínio da mortalidade é mais elevado do que aquele estimado através da tábua de mortalidade de um único período.
ASSUNTO(S)
transição demografica são paulo (sp) teses. mortalidade são paulo (sp) teses.
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/1843/AMSA-7WZETSDocumentos Relacionados
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