Tempo para Tratamento durante Síndrome Coronariana Aguda e Unidade de Primeiro Contato no Estudo ERICO
AUTOR(ES)
Santos, Rafael Caire de Oliveira dos, Goulart, Alessandra Carvalho, Kisukuri, Alan Loureiro Xavier, Brandão, Rodrigo Martins, Sitnik, Debora, Staniak, Henrique Lane, Bittencourt, Marcio Sommer, Lotufo, Paulo Andrade, Bensenor, Isabela Martins, Santos, Itamar de Souza
FONTE
Arq. Bras. Cardiol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2016-10
RESUMO
Resumo Fundamento: Em nosso conhecimento, não há estudos que avaliam a influência da unidade de primeiro contato na frequência e tempo para o tratamento farmacológico durante um evento de síndrome coronariana aguda (SCA). Objetivos: O principal objetivo foi investigar se a unidade de primeiro contato influencia a frequência e o tempo para tratamento com aspirina no estudo "Estratégia de Registro de Insuficiência Coronariana" (ERICO). Métodos: Analisamos o tempo para o tratamento farmacológico em 830 participantes do estudo ERICO - 700 indivíduos cuja primeira unidade de contato foi o hospital, e 130 que procuraram, num primeiro momento, unidades de atenção primária. Construímos modelos de regressão logística para estudar se a unidade de primeiro contato estava associada a um tempo de tratamento de menos de três horas. Resultados: Indivíduos que buscaram unidades de atenção primária receberam a primeira dose de aspirina nestas unidades em 75,6% dos casos. Os outros 24,4% receberam a aspirina no hospital. Apesar deste achado, indivíduos de unidades de atenção primária receberam aspirina em três horas mais frequentemente do que aqueles que foram ao hospital (76,8% vs 52,6%; p<0,001 e 100% vs, 70,7%; p=0,001 para SCA sem elevação do segmento ST e infarto agudo do miocárdio com elevação do ST, respectivamente). Em modelos ajustados, indivíduos vindos de unidades de atenção primária tinham mais probabilidade de receber aspirina mais rapidamente (razão de chances: 3,66; 95% intervalo de confiança: 2,06-6,51). Conclusões: Neste contexto, indivíduos provenientes de unidades de atenção primária tinham maior chance de receber aspirina mais rapidamente. O aprimoramento da capacidade das unidades de atenção primária para proporcionar tratamento precoce e transporte seguro pode ser benéfico em contextos similares.
ASSUNTO(S)
síndrome coronariana aguda / mortalidade atenção primária à saúde aspirina / administração & dosagem anticoagulantes tempo para o tratamento estudo de coortes
Documentos Relacionados
- Abuso de Álcool após Síndrome Coronariana Aguda: Avaliação Prospectiva no Estudo ERICO
- Frequência e Motivos para a não Administração e Suspensão de Medicamentos durante um Evento de Síndrome Coronariana Aguda. Estudo ERICO
- Resposta circulatória à caminhada de 50 m na unidade coronariana, na síndrome coronariana aguda
- O mundo real do diagnóstico e tratamento da síndrome coronariana aguda no Brasil
- Impacto do Alto Risco para Apneia Obstrutiva do Sono na Sobrevida após Síndrome Coronariana Aguda: Achados do Registro ERICO