Substituição parcial de dietas artificiais por biomassa úmida de bioflocos em tanques de cultivo de tilápia do Nilo

AUTOR(ES)
FONTE

Acta Sci., Anim. Sci.

DATA DE PUBLICAÇÃO

22/10/2018

RESUMO

RESUMO. O presente trabalho teve por objetivo avaliar a substituição parcial de dietas artificiais por biomassa úmida de bioflocos, no cultivo de tilápia do Nilo juvenis. Os peixes foram alimentados com diferentes combinações de dietas comerciais (CD) e biomassa úmida de bioflocos (BF), como segue: 75% CD + 25% BF, 50% CD + 50% BF e 25% CD + 75% BF (base seca). Havia tanques controle-positivo, nos quais os peixes receberam apenas as dietas comerciais (100% CD), e tanques controle-negativo, nos quais as reduções de dieta seca não foram compensadas pela oferta de biomassa de bioflocos (75% CD, 50% CD e 25% CD). Os bioflocos foram produzidos em um tanque externo de 500 L, que não fazia parte do sistema de cultivo, o qual foi denominado de “tanque BFT avulso”. Esse tanque recebeu aplicações diárias de melaço em pó para ajustar a relação C: N da água para 15: 1. Não foram observadas diferenças significativas entre os tratamentos para pH, O2, NAT e NH3. Exceto pelos tanques 25% CD, as concentrações de nitrito foram menores nos tanques BFT do que nos tanques que receberam apenas dietas comerciais. O peso corporal final dos peixes foi significativamente maior nos tanques que receberam apenas dietas secas (21,9 ± 6,4 g) do que nos tanques que receberam uma combinação de 50% de dieta seca e 50% biomassa úmida de bioflocos (10,4 ± 2,5 g; p < 0,05). Concluiu-se que a deterioração no desempenho zootécnico de tilápias juvenis submetidos à restrição alimentar (dietas secas) é minorada se a biomassa úmida de bioflocos for ofertada aos animais. Além disso, a substituição total das dietas artificiais por biomassa úmida de bioflocos, em tanques com águas claras, é inviável porque leva a mortalidades elevadas de tilápia, em um período relativamente curto.

ASSUNTO(S)

aquicultura bioflocos dieta seca nutrição

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