Stents farmacológicos versus não-farmacológicos para o tratamento de pacientes uniarteriais portadores de lesão em artéria descendente anterior: seguimento clínico de dois anos
AUTOR(ES)
Lasave, Leandro Ignacio, Costa Jr., José de Ribamar, Abizaid, Alexandre, Feres, Fausto, Sanchez, Andrés, Costa, Ricardo, Staico, Rodolfo, Siqueira, Dimytri, Mattos, Luiz Alberto, Tanajura, Luiz Fernando, Chaves, Áurea, Centemero, Marinella, Abizaid, Andrea, Seixas, Ana Cristina, Sousa, Amanda G. M. R., Sousa, J. Eduardo
FONTE
Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008
RESUMO
INTRODUÇÃO: O tratamento percutâneo com cateter-balão e stents não-farmacológicos (SNF) de lesões na artéria descendente anterior (DA), quando comparado ao tratamento das outras artérias epicárdicas, freqüentemente cursa com taxas maiores de reestenose, comprometendo o resultado tardio da abordagem percutânea. OBJETIVO: Comparar a segurança e a eficácia tardia dos stents farmacológicos (SF) versus os SNF no tratamento de lesões únicas na DA. MÉTODO: Entre junho de 2002 e junho de 2003, 166 pacientes com lesão única em DA foram tratados com SF e comparados a uma coorte histórica de 141 pacientes tratados com SNF sob os mesmos critérios de inclusão/exclusão. Seguimento clínico tardio (aproximadamente dois anos) foi obtido em todos os pacientes. Objetivou-se comparar a taxa de eventos cardíacos adversos maiores (ECAM), definidos como morte cardíaca, infarto do miocárdio e revascularização da lesão-alvo (RLA), entre os dois grupos. RESULTADOS: Os grupos não diferiram quanto às características basais. O sucesso do procedimento foi obtido em todos os casos, não havendo eventos maiores na fase intra-hospitalar. Ao final de dois anos, 95,7% dos pacientes tratados com SF e 73,7% dos que receberam SNF estavam livres de ECAM (p < 0,0001). RLA ocorreu em 15,6% e 1,2% dos pacientes tratados com SNF e SF, respectivamente (p < 0,0001). Ainda que não significativa, a mortalidade cardíaca foi maior no grupo que recebeu SNF, comparativamente ao que recebeu SF (6,38% vs. 1,81%, respectivamente; p = 0,07). CONCLUSÃO: O implante de SF para o tratamento de lesões únicas na DA mostrou-se superior ao de SNF, reduzindo de forma significativa a taxa de ECAM, sobretudo a necessidade de nova RLA.
ASSUNTO(S)
contenedores angioplastia transluminal percutânea coronária reestenose coronária
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