Sofrimento moral e satisfação profissional: qual a sua relação no trabalho do enfermeiro?
AUTOR(ES)
Wachholz, Aline
FONTE
Rev. esc. enferm. USP
DATA DE PUBLICAÇÃO
14/10/2019
RESUMO
RESUMO Objetivo Verificar relações entre sofrimento moral e satisfação profissional no trabalho de enfermeiros no contexto hospitalar. Método Estudo transversal, realizado em um hospital universitário com enfermeiros por meio da aplicação de questionário sociodemográfico, Índice de Satisfação Profissional e Moral Distress Scale – Versão Brasileira. Para a análise, empregaram-se a estatística descritiva e a correlação de Spearman. Resultados Participaram do estudo 141 enfermeiros. A “autonomia” foi o componente de maior satisfação profissional, aparecendo fragilizada nas questões de maior intensidade de sofrimento moral. Seguiram-se à autonomia a “interação” e “remuneração” como componentes de satisfação; e “falta de competência na equipe” e “condições de trabalho insuficientes” como de maior intensidade e frequência de sofrimento moral, respectivamente. Conclusão As aproximações entre esses dois constructos denotaram relações inversas entre eles, principalmente ao passo que a autonomia, componente de maior satisfação, também se configura num desencadeador de sofrimento moral quando insuficientemente exercida. Considera-se a necessidade de fortalecimento dos ambientes de trabalho da enfermagem para uma atuação ética e satisfatória.ABSTRACT Objective To verify relations between moral distress and work satisfaction in nursing work in the hospital context. Method A cross-sectional study carried out in a university hospital with nurses by applying a sociodemographic questionnaire, the “Index of Work Satisfaction” and the Brazilian Version of the “Moral Distress Scale”. Descriptive statistics and Spearman’s correlation were used for the analysis. Results 141 nurses participated in the study. “Autonomy” was the component of greater work satisfaction, appearing as fragile in the greater intensity issues of moral distress. Autonomy was followed by “interaction” and “remuneration” as components of satisfaction, and “lack of competence in the team” and “insufficient working conditions” as having greater intensity and frequency of moral distress, respectively. Conclusion Comparing these two constructs denoted inverse relationships between them, especially while autonomy, a component of greater satisfaction, also appears as a trigger of moral distress when insufficiently exercised. Thus, it is considered necessary to strengthen nursing work environments for ethical and satisfactory performance.
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