Sob a pele: implantes subcutâneos, hormônios e gênero
AUTOR(ES)
Manica, Daniela, Nucci, Marina
FONTE
Horiz. antropol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-04
RESUMO
Resumo Neste artigo, discutimos o desenvolvimento dos implantes subcutâneos de hormônios. Após apresentar alguns dos elementos e controvérsias que envolveram seu surgimento no Brasil, e partindo da atuação do médico baiano Elsimar Coutinho para esse processo, ressaltamos a estabilização desse formato alternativo de administração de hormônios: a via subcutânea. Discutimos a atualização da sua nomeação como “chips”, explorando algumas conexões com o anúncio de pesquisas envolvendo o desenvolvimento tecnológico da via subcutânea, das atuais cápsulas de silicone microporoso para placas de silício e titânio, ativáveis por redes de dados digitais. Tomando como foco o laboratório brasileiro de manipulação Elmeco, que produz implantes há várias décadas, discutimos as diversas formulações de hormônios que têm sido disponibilizadas através da via subcutânea. Procuramos demonstrar como a diversidade dos hormônios empregados está pautada por uma imagética binária de gênero, e o quanto o uso dos implantes hormonais mobiliza elementos ligados a masculinidades e feminilidades. Espera-se que a análise desse processo contribua para problematizar dinâmicas do mercado da medicalização e processos vitais ligados a corpos, gênero, sexualidade e reprodução.
ASSUNTO(S)
antropologia da ciência e da tecnologia gênero implantes hormonais subcutâneos medicalização
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