Sob a espada de Dâmocles: a prática de Psicólogas em Oncologia Pediátrica em Recife-Pe

AUTOR(ES)
FONTE

Psicol. cienc. prof.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013

RESUMO

A prática de psicólogos em oncologia pediátrica envolve demandas ligadas ao processo de adoecimento e suas implicações psicossociais, e, não raro, iminência de morte e/ou até chances de cura. Assim, tal pesquisa objetivou compreender a prática desses profissionais no Município de Recife- PE. A metodologia foi qualitativa de inspiração fenomenológica, ancorada na ontologia heideggeriana. Os instrumentos utilizados foram: entrevistas, grupo focal e diálogos com nove participantes, além das anotações de campo. As narrativas foram transcritas na íntegra, literalizadas (Schmidt, 1990) e interpretadas mediante a analítica do sentido (Critelli, 2007). A prática caracterizou-se pela coexistência dos seguintes aspectos: longo período de convivência de pacientes e familiares, envolvimento afetivo e proximidade entre profissionais de saúde, familiares e crianças, além da intensidade no que diz respeito aos vínculos estabelecidos. Tais dimensões repercutem nos modos-de-ser e de estar-no-mundo das participantes, fazendo a prática transitar por entre as dimensões ôntica e ontológica do cuidado. Com o tempo, a prática tende a ancorar-se nas experiências de coexistência. Exercício ético de acolhimento à alteridade, impossibilidade de controle dos acontecimentos, além da iminência de morte, perpassam tal prática, levando os profissionais a romper ações isoladas, a redimensionar o saber-fazer e a reinventar modos interventivos por meio da experimentação cotidiana.

ASSUNTO(S)

cuidado psico-oncologia pediátrica prática (psicologia) morte

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