Síndromes disexecutivas do desenvolvimento e adquiridas na prática clínica: três relatos de caso
AUTOR(ES)
Borges, Manuela, Coutinho, Gabriel, Miele, Flávia, Malloy-Diniz, Leandro F., Martins, Roberto, Rabelo, Beatriz, Mattos, Paulo
FONTE
Archives of Clinical Psychiatry (São Paulo)
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010
RESUMO
Síndromes disexecutivas podem ser observadas em diversas condições neuropsiquiátricas, como transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), traumatismos cranioencefálicos (TCE) ou esquizofrenia, frequentemente se associando à ampla gama de comprometimento, incluindo ambientes familiar, acadêmico e profissional. O objetivo do presente estudo é apresentar três casos de disfunções executivas, nos quais, embora todos os pacientes tenham QI dentro dos limites da normalidade, existe significativo comprometimento social e ocupacional. O primeiro caso apresenta uma jovem que sofreu TCE, com queixas de dificuldades de memória para material novo, além de apatia e diminuição de iniciativa e persistência. O segundo caso versa sobre uma mulher que apresenta problemas desde a educação infantil, com histórico de tratamentos ineficazes e nenhum diagnóstico formal. Segundo relato de informante colateral, há déficits de planejamento, comportamentos antissociais, aversão a gratificações tardias e dificuldades de ativação. O último caso refere-se a indivíduo do sexo masculino, avaliado depois de grave TCE após acidente de carro. Há relato de mudança de comportamento com desinibição, diminuição da persistência e desatenção, relatadas como mais graves do que as apresentadas durante a infância, apesar de desempenho normal em testes de funções executivas. A avaliação de disfunções executivas (do desenvolvimento ou adquiridas) pode ser de extrema importância para servir como base de tratamento visando à diminuição de comprometimento nas atividades cotidianas.
ASSUNTO(S)
neuropsicologia funções executivas tce personalidade
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