Síndrome dolorosa miofascial como diagnóstico diferencial de dor abdominal crônica. Relato de caso

AUTOR(ES)
FONTE

BrJP

DATA DE PUBLICAÇÃO

2021-06

RESUMO

RESUMO JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A dor abdominal crônica pode ter origem em estruturas viscerais, somáticas ou nervosas. O diagnóstico é desafiador e, em casos prolongados e com evolução atípica, deve-se considerar a síndrome dolorosa miofascial. O objetivo foi relatar um caso de dor crônica abdominal após cirurgia perpetuada pela presença de pontos-gatilho na musculatura da parede abdominal. RELATO DO CASO: Paciente do sexo masculino, 15 anos, submetido a apendicectomia sem intercorrências. Devido à persistência da dor pós-operatória, foi prescrita gabapentina e analgésicos. Após 45 dias, continuava com dor incapacitante, impedindo-o de realizar suas atividades habituais. Foi submetido à revisão cirúrgica, não elucidativa, e outras tentativas de controle álgico, como bloqueio anestésico do plano transverso abdominal e lidocaína por via transdérmica, sem sucesso. Encaminhado ao ambulatório de acupuntura, apresentando marcha antálgica, defesa voluntária à palpação de hipocôndrio e fossa ilíaca direita, presença de pontos-gatilho em músculo reto abdominal e quadrado lombar direito, com dor referida em fossa ilíaca direita, sem sinais ou sintomas de dor neuropática. Foi realizado o agulhamento dos pontos-gatilho, eletroestimulação nos pontos motores dos referidos músculos e orientação de alongamentos. Na fase de monitoramento, o paciente apresentou melhora gradual dos sintomas, suspensão dos fármacos e retorno às suas atividades. CONCLUSÃO: A síndrome dolorosa miofascial é uma das causas mais comuns de dor e incapacidade, é pouco diagnosticada e deve ser considerada entre os diagnósticos diferenciais.

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