Síndrome do túnel do carpo: avaliação evolutiva de longo prazo após confirmação eletrodiagnóstica

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos de Neuro-Psiquiatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2003-06

RESUMO

O presente estudo tem por objetivo avaliar a terapia utilizada e o grau de satisfação dos pacientes que tiveram diagnóstico eletrofisiológico de síndrome do túnel do carpo (STC) entre 1989 e 1994 (528 casos); foram respondidas 184 cartas entre 528 enviadas (34,8%) sendo utilizadas 165. A gravidade do STC foi classificada de 0 a 4 de acordo com uma combinação de valores de latência distal sensitiva e amplitude do potencial de ação muscular composto do nervo mediano e diferença de latência sensitiva mediano/radial. As questões foram relativas a sintomatologia atual e terapêutica utilizada, cirúrgica ou conservadora. As respostas foram correlacionadas ao estudo de condução nervosa inicial, idade e tempo de sintomatologia. Os pacientes submetidos a cirurgia somaram 69% (114 casos). O benefício cirúrgico e não cirúrgico foi respectivamente de 77,6% e 16% ("cura"); 13,6% e 52% (melhora acentuada); 5,4% e 9,3% (melhora leve); 2,7% e 16% (inalterado); 0,7% e 6,7% (piora). A freqüência de "cura" versus inalterado/pior ou "cura"/melhora acentuada versus igual/pior foi significativa, maior no grupo cirúrgico (teste de Fisher, valor de P < 0,001), e não foi influenciada pelo padrão eletrofisiológico inicial. Não houve relação entre melhora ou piora após cirurgia e tempo de sintomatologia, idade ou gravidade eletrofisiológica iniciais. Os casos com melhora sem cirurgia tiveram menor tempo de sintomatologia e idade mais avançada. Os casos sem melhora após tratamento conservador apresentavam padrão eletrofisiológico leve em sua maioria. Conclui-se o excelente benefício cirúrgico para STC e a ausência de fatores preditivos definidos baseados na gravidade eletrofisiológica, idade e tempo de sintomatologia iniciais.

ASSUNTO(S)

síndrome do túnel do carpo nervo mediano neuropatia compressiva eletroneuromiografia condução nervosa

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