Silicato de cálcio no rendimento; teor de silício, macro e micronutrientes em alface

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

13/02/2012

RESUMO

O silício é considerado um elemento benéfico às plantas, podendo trazer incrementos na produtividade, sanidade, além de alterar a dinâmica nutricional de diversas culturas. Nos vegetais, acumula-se principalmente nas áreas de máxima transpiração. Assim, este estudo teve como objetivos: avaliar o efeito do silicato de cálcio no rendimento; no teor de silício, de macro e micronutrientes em diferentes cultivares de alface; além de determinar, por microscopia eletrônica de varredura (MEV), a presença de corpos silicosos, na parte aérea desta cultura. Nesse sentido, realizaram-se dois experimentos em casa-de-vegetação da Universidade Estadual de Londrina. O primeiro experimento foi conduzido no período de março a maio do ano agrícola de 2011 em esquema fatorial 2x5, em blocos casualizados, com quatro repetições para avaliação do rendimento e duas repetições para avaliação da relação da aplicação das doses de silicato de cálcio com os teores de silício, macro e micronutrientes, sendo: duas cultivares de alface: Lucy Brown (grupo Americana) e Vanda (grupo Solta-Crespa) e cinco doses de silicato de cálcio (0; 0,67; 1,35; 2,67 e 4 t.ha-1). Aos 83 dias após o plantio das mudas, foi realizada a colheita do experimento e avaliou-se: massa fresca da parte aérea (MFPA), massa seca da parte aérea (MSPA) e os teores de silício, macro e micronutrientes da parte aérea. O segundo experimento foi conduzido no período de julho a setembro do ano agrícola de 2011 em esquema fatorial 4x2, em blocos casualizados, com quatro repetições para avaliação do rendimento e três repetições para avaliação da relação da aplicação das doses de silicato de cálcio com os teores de silício, macro e micronutrientes. Foram utilizados quatro cultivares de alface: Lucy Brown (grupo Americana); Vanda (grupo Solta-Crespa); Elisa (grupo Solta-Lisa) e Romana (grupo Romana) e duas doses de silicato de cálcio (0 e 4 t.ha-1). Aos 73 dias após o plantio das mudas, foi realizada a colheita do experimento e avaliou-se: massa fresca da parte aérea (MFPA), massa seca da parte aérea (MSPA), diâmetro da cabeça comercial (DCC), altura das plantas, teores de silício, macro e micronutrientes da parte aérea, além da utilização do MEV para obtenção de imagens para detecção de corpos silicosos. O silicato de cálcio não favoreceu o rendimento da alface, com exceção da ‘Lucy Brown’, onde as plantas tratadas com este elemento apresentaram maior massa fresca da parte aérea. A alface se comportou como não acumuladora de silício. As cultivares Lucy Brown e Vanda obtiveram maior massa fresca da parte aérea nas doses de 2,67 e 4 t.ha-1 de silicato de cálcio, respectivamente. A aplicação de silicato de cálcio diminuiu o teor de Cu e aumentou os teores de Mn e B na ‘Vanda’. Em relação à ‘Romana’, houve maior acúmulo de P e Mn nas plantas que não receberam adubação silicatada, em relação às adubadas. A ‘Lucy Brown’ apresentou maior teor de B nas plantas que receberam adubação contendo silício. As cultivares Lucy Brown, Vanda e Romana acumularam macronutrientes na seguinte ordem decrescente: K>N>Ca>P>Mg, com exceção da ‘Elisa’ que apresentou valor de Ca maior do que de N e valor de Mg maior do que de P.

ASSUNTO(S)

alface - adubação alface - cultivo plantas - nutrição lettuce fertilizers plants effect of silicon on plantas - efeito do silício microscopia eletrônica de varredura plant nutrition

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