SILÊNCIOS ATLÂNTICOS: SUJEITOS E LUGARES PRAIEIROS NO TRÁFICO ILEGAL DE AFRICANOS PARA O SUDESTE BRASILEIRO (C.1830 - C.1860)
AUTOR(ES)
Pereira, Walter Luiz Carneiro de Mattos
FONTE
Estud. hist. (Rio J.)
DATA DE PUBLICAÇÃO
25/04/2019
RESUMO
Resumo A ilegalidade do tráfico de africanos para o Brasil impôs profundos silêncios à sua história. No Sudeste, os desembarques de africanos eram sustentados por uma estrutura ajustada. Nas franjas do Atlântico, grandes propriedades praieiras serviam à recepção desses africanos. Seus donos, comendadores e nobres, animados pelo dinamismo do complexo cafeeiro, fundaram uma aristocracia ungida pela ilicitude. As fazendas negreiras e seus senhores reergueram o tráfico sob o manto da ilegalidade. Quebrar esse silêncio construído como política de Estado significa identificar sujeitos e lugares, valendo-se de indícios apresentados por uma cartografia de fontes pouco exploradas pela historiografia.Abstract The illegal trade of Africans to Brazil imposed deep silences on their history. In the Southeast, the landings of Africans were supported by a tight structure. In the fringes of the Atlantic, large properties close to beaches were used to receive these Africans. Its owners, commanders and nobles, excitedby the dynamism of the coffee production, established an aristocracy anointed by illicitness. The slave farms and their masters reinstated the traffic under the cloak of illegality. Breaking this silence that was established as a State policy means identifying subjects and places, using evidence presented by a cartography of sources little explored by historiography.
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