Significados sobre autonomia de idosos participantes de um Processo de Inclusão Digital (PID) / Meanings Of Autonomy Among Elderly People Participating In A Digital Inclusion Process (DIP)

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

26/08/2009

RESUMO

Objetivo geral: apreender representações sociais sobre autonomia de idosos participantes de um Processo de Inclusão Digital (PID) desenvolvido por meio de Grupos de Promoção à Saúde (GPSs). Objetivos específicos: - compreender significados atribuídos por idosas e idosos à autonomia em sua condição de vida; - identificar possibilidades de influência do PID nos significados atribuídos por eles à autonomia; - contextualizar os significados de autonomia dessa população nas reflexões direcionadas ao empoderamento (empowerment) no campo da Promoção da Saúde. Metodologia: para a coleta e análise dos dados foram realizadas: Observação participante de campo; entrevistas com roteiro estruturado e Análise do Discurso. Sujeitos da pesquisa: idosos pertencentes ao Projeto Epidoso, que manifestaram desejo de participar de um PID desenvolvido por meio de GPSs. Resultados: as análises dos discursos resultaram na construção de categorias de análises que relacionaram autonomia à autoimagem, intersubjetividade, sexualidade, gênero, saúde integral, promoção da saúde e inclusão digital que dão sustentação emocional e racional às escolhas autônomas ou heterônimas. Identificou-se a importância dos conceitos de cooperação e opressão na constituição dos saberes/fazeres autônomos e heterônomos. A inclusão digital de idosos pode favorecer o incremento da autonomia-cooperativa, Promoção da Saúde e empoderamento (empowerment). Foi elaborado e proposto o conceito de autonomia-cooperativa para o entendimento das representações sociais sobre a autonomia de idosos. Considerações Finais: a autonomia-cooperativa de idosos concretiza-se nas seguintes condições: encontrar-se cognitivamente lúcidos e emocionalmente dispostos, ao menos circunstancialmente, a viver com outrem; conhecer as necessidades e desejos do Eu e do(s) outro(s); aceitar e respeitar as emoções e racionalizações que sustentam as escolhas de cada um dos sujeitos que compõem a relação; optar por ações conciliatórias que permitam a concessão de algumas vontades consideradas menos relevantes (para o Eu ou para o outro) para a concretização das demandas consideradas fundamentais. O acesso às informações e serviços por meios digitais não garantem por si só a superação das representações sociais heterônimas que fundamentam as condições opressoras/paternalistas, mas podem servir a um número cada vez maior de indivíduos para a democratização dos saberes/fazeres produzidos nas diferentes sociedades. Idosos qualificam a inclusão digital como recursos que podem ser agregados às suas histórias de vida. Por meio dos recursos digitais tais sujeitos se reconhecem como atualizados e incluídos na sociedade contemporânea, viabilizando a satisfação das próprias necessidades e desejos do Eu e dos outro(s).

ASSUNTO(S)

autonomia grupos de promoção à saúde processo de inclusão digital(pid) empoderamento/empowerment/empoderamento idosos medicina autonomy health promotion groups digital inclusion process empowerment elderly people

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