Seromiotomia anterior e posterior da pequena curvatura versus vagotomia gastrica proximal

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1993

RESUMO

Tem sido atribuída à secção dos ramos vagais, inclusive na vagotomia gástrica proximal (VGP),alterações no esvaziamento gástrico de líquidos no pós-operatório. A seromiotomia anterior da pequena curvatura com vagotomia troncular posterior (SMA+ VTP), foi proposta há uma década como alternativa à VGP para o tratamento da 00. Posteriormente, também foram atribuídas a essa cirurgia alterações no esvaziamento gástrico e da fisiologia da transição esôfago-gástrica. Com o objetivo de não alterar essa fisiologia e, talvez, do esvaziamento gástrico, foi proposta, nesta pesquisa, a seromiotomia anterior e posterior da pequena curvatura (SMAP), analisar e comparar o esvaziamento gástrico de líquidos com a VGP. Foram utilizados 14 cães com peso médio de 9,74 Kg. Inicialmente, foi confeccionada uma esofagostomia com cateter gástrico de demora em cada animal. Uma semana após, foi realizado o estudo do esvaziamento gástrico de líquidos pelo Teste de George de Dupla Amostra, utilizando vermelho fenol como marcador inabsorvível. O esvaziamento foi avaliado aos 10, 20, 30,45, 60 minutos e o t1/2. Os animais foram divididos em dois grupos, A e B, com 7 animais cada. No primeiro grupo foi realizada a VGP e no segundo a SMAP. A partir da terceira semana de pós- operatório, os estudos do esvaziamento gástrico de líquidos foram repetidos em todos os animais. Os resultados mostraram que, nos dois grupos, o esvaziamento gástrico de líquidos foi mais rápido no pós-operatório, em todos os tempos avaliados, porém sem diferença estatisticamente significativa em relação ao pré-operatório. O esvaziamento precoce (TI0) foi proporcionalmente mais rápido, tanto no pré como no pós-operatório, tomando-se mais lento a partir desse tempo. No Grupo A o t10 foi em média 10% mais rápido no pós-operatório (p>0,05) e, no Grupo B, foi 15% (p>0,05). O t1/2 foi menor no pós-operatório do Grupo A, entre 20 e 30 minutos no pré e entre 10 e 20 minutos no pós-operatório, e no Grupo B entre 10 e 20 minutos nos dois períodos. O volume residual, aos 60 minutos, diminuiu em média de 25% para 10% (p>0,05) no Grupo A e no Grupo B diminuiu de 12% para 10% (p>0,05). Também não houve diferença significativa no esvaziamento de líquidos entre o pré e pós-operatório de cada grupo entre si, aos 20, 30 e 45 minutos. Na comparação do esvaziamento gástrico de líquidos da VGP com a SMAP em todos os tempos estudados, não houve diferenças estatisticamente significantes. A conclusão final foi que o esvaziamento gástrico de líquidos após a VGP e após a SMAP foi semelhante, embora os dados sugiram ter sido um pouco mais rápido após a primeira.

ASSUNTO(S)

estomago - doenças estomago - cirurgia duodeno - ulceras

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