Serapilheira, carbono e nutrientes minerais em área de revegetação induzida na planície do Rio Itajaí-Açu

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

25/02/2011

RESUMO

Neste estudo, a produção de serapilheira, sua taxa de decomposição e sua contribuição em carbono e nutrientes minerais ao solo foram mensuradas em área de revegetação induzida em floresta aluvial. A área de estudo situou-se no município de Apiúna, abrangendo uma área de 1.125 m2 onde uma Unidade de Pesquisa (UP) com dois modelos de plantio foi instalada em abril de 2006: Unidade de Espaçamento (UE) e Unidade de Vizinhança (UV). As espécies plantadas na UV foram: Cytharexylum myrianthum Cham., Inga marginata Willd. E Annona cacans Warm. Enquanto na UE foram: Schinus terebinthifolius Raddi, Alchornea glandulosa Poepp. &Endl., Inga marginata Willd., Annona sericea R. E. Fries, Cabralea canjerana (Vell.) Mart., Annona cacans Warm., Cytharexylum myrianthum Cham.; Posoqueria latifolia (Rudge) Roem. &Schult. e Cupania vernalis Cambess. A serapilheira foi coletada mensalmente de maio de 2008 a abril de 2010 na UE e de maio de 2009 a abril de 2010 na UV. Em cada modelo de plantio foram utilizados 15 coletores quadrados de PVC com 0,25 m2. A serapilheira foi seca em estufa a 600C e separada em frações folhas, ramos, estruturas reprodutivas, espécies e miscelânea e sua biomassa foi medida. Carbono e nutrientes foram analisados em amostras de serapilheira e solo. Para avaliar a taxa de decomposição, 30 bolsas de nylon com 10 g de serapilheira coletada bimensalmente foram dispostas na área. A produção total de serapilheira foi de 7,52 t/ha/ano na UV e 6,77 e 8,96 t/ha/ano na Unidade de Espaçamento, no primeiro e no segundo ano, respectivamente. A fração foliar contribuiu mais significativamente no total da massa de serapilheira, seguida por ramos e estruturas reprodutivas. A maior produção de serapilheira na UV ocorreu em novembro (758,2 g) e a menor em setembro (40,11 g). Na Unidade de Espaçamento a maior produção de serapilheira ocorreu em setembro (352,99 e 676,38 g no primeiro e segundo ano, respectivamente), enquanto as menores foram em novembro de 2008 (106,64 g) e outubro de 2009 (104,74 g). As espécies que contribuíram com maiores quantidades de serapilheira foram Cytharexylum myrianthum, Inga marginata, Schinus terebinthifolius e Salix humboldtiana. Salix humboldtiana é uma espécie representada por alguns indivíduos externos à Unidade de Pesquisa. A taxa média de decomposição foi de 25% na UE e 28% na UV e foi estimado um período de 14 meses para decomposição total do material depositado. Em ordem decrescente de concentração, os nutrientes minerais contidos na serapilheira estiveram distribuídos como segue: N>Ca>K>Mg>P>Fe>Mn>B>Zn>Cu. Carbono representou 42,25 % da serapilheira seca analisada. A transferência anual de nutrientes minerais ao solo, através da deposição de serapilheira, foi estimada em (kg.ha-1): 118,91(N); 6,70 (P); 42,23 (K); 114,95 (Ca); 21,14 (Mg); 2,48 (Mn); 2,81 (Fe); 0,35 (Zn); 0,03 (Cu) e 0,50 (B). No solo, as maiores concentrações de nutrientes e carbono foram observadas para a profundidade de 0-10 cm, o que demonstra a importância da serapilheira e da manutenção do carbon no solo. Através deste estudo pode ser vista a importância da serapilheira em floresta aluvial, e a influência de diferentes fatores em sua deposição e decomposição

ASSUNTO(S)

serapilheira carbono nutrientes floresta aluvial florestamento e reflorestamento serapilheira; reflorestamento itajaí-açu, rio, vale (sc) litter carbon nutrients riparian forest

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