Segurança na excisão da glândula submandibular sem o uso de drenos

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. j. otorhinolaryngol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-10

RESUMO

Resumo Introdução: Os drenos percutâneos apresentam várias complicações associadas, inclusive infecção, formação de fístulas, desconforto e permanência hospitalar prolongada. Objetivo: Avaliar a segurança da excisão da glândula submandibular sem o uso de drenos cirúrgicos. Método: Analisamos o tempo de cirurgia, as complicações pós-operatórias tais como sangramento, paralisia facial, seroma e necessidade de reexploração de ferida operatória, e a duração da internação hospitalar. A excisão da glândula submandibular por via transcervical foi realizada por dois cirurgiões. Antes do fechamento da incisão, o retalho cutâneo e o leito da ferida operatória foram aproximados utilizando cola hemostática de fibrina (Greenplast-Q PFS KIT®, GC Greencross, Youngin, República da Coréia). Não houve irrigação salina nem uso de dreno percutâneo. Resultados: Foram submetidos 23 pacientes à excisão da glândula submandibular. O grupo de estudo consistiu em 14 homens (60,8%) e 9 mulheres (39,2%) (média de 47,6 anos; variação de 24 a 70). Dois pacientes apresentaram complicações menores. Um paciente apresentou pequeno sangramento na incisão da pele no pós-operatório imediato e um deles teve seroma aos 7 dias de pós-operatório. Não houve complicações cirúrgicas importantes. A duração total da cirurgia, desde a incisão na pele até o fechamento, foi de 44,86 minutos. A duração média da internação hospitalar foi de 3,17 dias. Os pacientes receberam alta em média 1,17 dia após a cirurgia. Conclusão: A glândula submandibular pode ser excisada com segurança sem o uso de dreno cirúrgico, permitindo que o paciente tenha alta hospitalar mais precocemente.

Documentos Relacionados