Seções de choque diferenciais absolutas para o espalhamento elástico de elétrons de energias baixas e intermediárias por moléculas poliatômicas em fase gasosa

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2002

RESUMO

Nesta tese apresentamos medidas de seções de choque diferenciais elásticas absolutas (SCDEA) para o espalhamento de elétrons por alvos moleculares em fase gasosa (OCS, CO2, CH4, NO, N2O, CHF3 e C2F6). A maioria das medidas foram realizadas no intervalo angular entre 10o e 130o para energias do elétron incidente entre 50 e 800 eV. O arranjo experimental fez uso da geometria de feixes cruzados em que o feixe de elétrons incide perpendicularmente sobre um feixe gasoso. Para a análise dos elétrons espalhados foi utilizado um analisador de velocidades do tipo campo retardador. A intensidade dos elétrons espalhados foi determinada em função do ângulo de espalhamento e os valores relativos foram convertidos em valores absolutos de seções de choque através da técnica de fluxo relativo. Além disso, parte do trabalho foi dedicado ao desenvolvimento de um espectrômetro de espalhamento de elétrons de baixas energias (E<100 eV) com o intuito de estender a cobertura energética acima mencionada. Uma técnica experimental (defletor magnético) que a princípio permite medidas de intensidades de elétrons espalhados em quase todos os ângulos de espalhamento também foi introduzida nesse novo espectrômetro. Entretanto, a aplicação dessa técnica ainda carece de maior sistematização. Resultados de SCDEA obtidos com o uso do defletor magnético são apresentados para o espalhamento de elétrons de 30 eV para o átomo de argônio até o ângulo de 120o, demonstrando o potencial da técnica para trabalhos futuros. Por outro lado, valores de SCDEA obtidos com o novo espectrômetro de baixas energias são apresentados para a molécula de CHF3 para energias de 10, 15, 20 e 30 eV até o ângulo de 85o. Em resumo, resultados inéditos de SCDEA são apresentados para diversos alvos moleculares contribuindo para suprir em parte a carência desses dados na literatura. Observa-se bom acordo entre nossos dados e cálculos teóricos recentes que fazem uso de um potencial óptico complexo para a descrição da interação elétron-molécula. Tal fato reforça a importância da inclusão de efeitos de absorção nos modelos teóricos para a correta descrição da dinâmica do espalhamento elástico na região de energias intermediárias.

ASSUNTO(S)

fisica seções de choque espalhamento de elétrons espalhamento elástico de elétrons moléculas poliatômicas

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