Schopenhauer e a topica admirationis: sobre a origem da filosofia
AUTOR(ES)
Engler, M. R.
FONTE
Trans/Form/Ação
DATA DE PUBLICAÇÃO
07/10/2019
RESUMO
Resumo: No texto A necessidade metafísica do homem, Schopenhauer elabora considerações fundamentais sobre sua metafísica imanente e, na ânsia de explicar por que o homem filosofa, alia-se a uma longa tradição de pensadores que viram na admiração (thaumázein) o impulso metafísico do homem. Ele reinterpreta as duas mais famosas sentenças sobre o tema (Platão e Aristóteles) consoante o tom de sua filosofia. A origem da filosofia torna-se o resultado de fatores como a separação entre vontade e intelecto e a constatação de que o mundo, tal como agora é, possui caráter contingente e poderia deixar de ser. A isso se unem a contemplação dos males do mundo e a consciência da finitude humana (morte). No fim, desse conjunto emergem os sistemas metafísicos e religiosos. Este artigo comenta detidamente essas ideias, mostra sua relação com os filósofos antigos através de cinco tópoi e, ao fim, tenta localizar a originalidade da concepção schopenhaueriana, a qual se baseia na reinterpretação do primeiro tópos.Abstract: In the text entitled On man’s need of metaphysics, Schopenhauer makes important remarks on his immanent metaphysics and, trying to explain why men philosophize, joins a long tradition of thinkers who see in admiration (thaumázein) man’s real metaphysical impulse (Anstoß). He reinterprets then the two most famous statements on this subject (those of Plato and Aristotle) in accordance with the tone of his philosophy. The origin of philosophy becomes the result of phenomena such as the separation between will and intellect and the perception that this world, which currently is, could just as well not be. The contemplation of the world’s misfortunes and the consciousness of human finitude (death) is also dealt with. Metaphysical and religious systems emerge from these factors. This paper discusses in detail these ideas and analyzes their relationship with the ancient philosophers and the five tópoi. It also seeks to discover the originality of Schopenhauer’s conception, which is based on the reinterpretation of the first topos.
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