Riscos e benefícios das terapias trombolíticas, antiagregantes plaquetárias e anticoagulantes nas síndromes coronarianas agudas com supradesnivelamento do segmento st: revisão sistemática

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

12/07/2011

RESUMO

Introdução: o infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST) é responsável por elevada morbimortalidade e novas classes de drogas vêm sendo progressivamente adicionadas ao seu tratamento. O real benefício versus o risco de sangramento das associações ainda não é conhecido, pela diversidade de esquemas e doses testados nos grandes estudos. Objetivos: avaliar, por revisão sistemática, o impacto da adição progressiva de drogas com ação trombolítica, anticoagulante e antiagregante plaquetária e da angioplastia primária sobre os desfechos morte, reinfarto e sangramento maior em pacientes com IAMCSST, além da evolução temporal desses desfechos. Materiais e métodos: foi realizada busca na base de dados Pubmed com os termos acute, myocardial infarction/therapy, para identificar os estudos em inglês ou espanhol envolvendo humanos em idade adulta com IAMCSST, aleatorizados, com pelo menos 500 pacientes, comparando-se as classes de drogas: trombolíticos, antiagregantes plaquetários e anticoagulantes. O estudo deveria apresentar dados de morte, reinfarto e sangramento maior. Os braços com características semelhantes foram agrupados e foi avaliada correlação entre adição progressiva de drogas, número de drogas e angioplastia primária e esses desfechos a partir de coeficiente de Spearman e regressão multivariada. Foi realizada também correlação entre o ano e a era do estudo e a ocorrência dos desfechos. Resultados: a busca resultou em 2.313 artigos, com 59 estudos restantes após exclusões, totalizando 404.556 pacientes, com tempo médio de seguimento de 23,3 dias, divididos em 35 grupos de braços terapêuticos. Avaliando-se a introdução progressiva de drogas (12 grupos), houve tendência à correlação do grupo com morte (r= -0,564, p=0,056) e com sangramento maior (r=0,571, p=0,053). Houve correlação estatisticamente significativa entre o número de drogas do esquema e a proporção de morte (r= -0,466, p=0,005) e de sangramento (r=0,403, p=0,016), que se confirmou em modelo de regressão multivariada. O ano do estudo teve correlação significativa com os três desfechos avaliados: morte (r= -0,380, <0,001), sangramento (r=0,212, p=0,014) e reinfarto (r= -0,231, p=0,009), o mesmo ocorrendo com a era de realização. Conclusão: com o aumento da complexidade farmacológica do tratamento do IAMCSST, houve significativa redução da mortalidade, acompanhada de aumento das taxas de sangramento que ainda não anulam o benefício clínico. Houve correlação entre o ano e a era de realização do estudo e a redução de mortalidade e reinfarto, com concomitante aumento de eventos hemorrágicos

ASSUNTO(S)

infarto do miocárdio teses. síndrome coronariana aguda decs infarto do miocárdio decs infarto do miocárdio/quimioterapia decs infarto do miocárdio/mortalidade decs medição de risco decs sistema cardiovascular/efeitos de drogas decs preparações farmacêuticas decs saúde do adulto decs hemorragia decs dissertações acadêmicas decs dissertação da faculdade de medicina da ufmg.

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