Risco gestacional como fator determinante para cesariana de acordo com os grupos da Classificação Robson

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Ginecol. Obstet.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2021-02

RESUMO

Resumo Objetivo Analisar e comparar a frequência de partos cesáreos e vaginais através da classificação de Robson em gestantes atendidas em um hospital terciário em dois períodos distintos. Métodos Estudo transversal retrospectivo de registros de nascimento, compreendendo 4.010 mulheres, realizado de janeiro de 2014 a dezembro de 2015 no único hospital público de referência regional para atendimento de gestações de alto risco, localizado no sul do Brasil. A via de parto foi avaliada e as mulheres foram classificadas de acordo com a Classificação de Robson. Resultados A taxa geral de cesariana foi de 57,5% e a principal indicação foi a existência de cicatriz uterina por cesariana prévia. Quando aplicada a Classificação de Robson, os grupos mais frequentes foram o 5 (26,3%) e o 10 (17,4%). No ano de 2015, ocorreu um aumento significativo da frequência dos grupos 1 e 3 (p < 0,001), quando comparado ao ano anterior, resultando em aumento do número de partos vaginais (p < 0,0001) e redução das taxas de cesariana. Conclusão A Classificação de Robson mostra ser uma ferramenta útil para identificar o perfil das parturientes e os grupos com maior risco de cesariana em diferentes períodos em um mesmo serviço. Desta forma, permitemonitorar de forma dinâmica as indicações e vias de parto e desenvolver ações para redução das taxas de cesariana conforme as características das gestantes atendidas.

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