Risco de interação de drogas: combinações de uso de antidepressivos e outras drogas

AUTOR(ES)
FONTE

Revista de Saúde Pública

DATA DE PUBLICAÇÃO

2003-04

RESUMO

OBJETIVO: Verificar a freqüência de combinações de antidepressivos com outros medicamentos e o risco de interações medicamentosas em um hospital público no Brasil. MÉTODOS: Prescrições de todos os pacientes internados em um hospital público, em São Paulo, SP, de novembro de 1996 a fevereiro de 1997 foram analisadas pelo centro de processamento de dados do hospital. Foi realizada busca manual de todos os prontuários de pacientes internados na enfermaria de psiquiatria do hospital de janeiro de 1993 a dezembro de 1995, assim como de todos os pacientes registrados no ambulatório de doenças afetivas em dezembro de 1996. Foram identificados os pacientes que usaram algum antidepressivo e as drogas utilizadas concomitantemente. Foram identificadas pelo programa Micromedex® as interações medicamentosas. RESULTADOS: Dentre os 6.844 pacientes internados nas enfermarias gerais (não psiquiátricas) do hospital, 63 usaram antidepressivos (0,9%) e 16 (25,3%) usavam medicações com risco de interação. Dentre os 311 pacientes da enfermaria de psiquiatria, 63 (20,2%) usavam antidepressivos e 13 (20,6%) apresentavam risco de interação. Dos 87 pacientes do ambulatório de doenças afetivas, 43 (49,4%) usavam antidepressivos e 7 (16,2%) apresentavam risco. Em geral, o uso de antidepressivos foi encontrado em 169 pacientes e 36 (21,3%) estavam em risco de interação medicamentosa. Vinte diferentes tipos de interações foram identificados, sendo 4 leves, 15 moderados e um grave. CONCLUSÕES: Nas enfermarias gerais o número de interações medicamentosas foi superior em relação à enfermaria de psiquiatria; e o número de prescrições de antidepressivos foi menor do que o esperado.

ASSUNTO(S)

interações de medicamentos antidepressivos uso de medicamentos medição de risco prescricao de medicamentos

Documentos Relacionados