REVOLUÇÃO, VOLTAS E REVESES: TEMPORALIDADE E PODER EM CUBA
AUTOR(ES)
Gonçalves, João Felipe
FONTE
Rev. bras. Ci. Soc.
DATA DE PUBLICAÇÃO
05/01/2017
RESUMO
Este artigo discute a polissemia e o valor político do termo “revolução” como categoria da prática em Cuba e analisa a temporalidade e a historicidade que esse termo – ubíquo e fetichizado nesse país – pressupõe e ajuda a produzir. Sustentando que a temporalidade da “revolução” em Cuba é marcada mais pela repetição que por uma teleologia, o artigo desenvolve dois argumentos inter-relacionados. Primeiro, o uso dessa palavra-chave tem contribuído para a conformidade política e para a manutenção do socialismo em Cuba; segundo, a historicidade subjacente ao uso generalizado do termo “revolução” em Cuba estabelece uma relação íntima entre passado e presente e produz uma temporalidade altamente heterogênea e repleta de conteúdo simbólico. Esta noção de temporalidade põe em questão a ideia predominante nos estudos contemporâneos do nacionalismo, nos quais este conceito está ligado a um tempo homogêneo e vazio.
ASSUNTO(S)
nacionalismo revolução temporalidade cuba walter benjamin
Documentos Relacionados
- A Revolução, a nação e a paz
- Anatomia do entusiasmo: cultura e revolução em Cuba (1959-1971)
- A revolução, a luta, a resistência e o povo: os marcadores retóricos dos anos 60
- Capítulo 5. Reflexões sobre poder e revolução em Hannah Arendt
- A epopéia dos titãs do pampa : historiografia e narrativa épica na História da grande revolução, de Alfredo Varella