Revisão retrospectiva de pacientes encaminhados a um serviço de disfunção temporomandibular de uma universidade pública brasileira

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. dor

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-04

RESUMO

RESUMO JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O objetivo deste estudo foi descrever a análise retrospectiva de prontuários referentes a um serviço de atendimento a pacientes com disfunção temporomandibular em uma clínica de ensino de uma universidade pública brasileira. A prevalência de sinais e sintomas de disfunção temporomandibular, fatores associados, diagnósticos e observações relacionadas ao tratamento foram registrados. MÉTODOS: Duzentos e treze prontuários foram avaliados por um único examinador no período de março de 2013 a dezembro de 2014. Coletou-se informações sobre fatores sócio-demográficos, prevalência de sintomas de disfunção temporomandibular e necessidade de tratamento (índice anamnésico de Fonseca), exame clínico, diagnósticos, tratamentos e encaminhamentos para outros profissionais. RESULTADOS: A maioria dos pacientes era do sexo feminino (81,7%), solteira (53,0%), estudantes (23,3%) e entre 20 e 29 anos (26,8%). A dor foi relatada por 50,4% dos pacientes. De acordo com o índice FAI, 41,8% dos pacientes foram classificados com sintomas graves de disfunção temporomandibular e 73,2% identificados com necessidade de tratamento. Presença de sintomas de disfunção temporomandibular (p = 0,001) e necessidade de tratamento (p <0,001) foram significativamente associadas ao sexo feminino. O diagnóstico mais prevalente foi disfunção temporomandibular muscular (41,5%) e o músculo mais afetado foi o masseter (21,3%). Os tratamentos mais comuns foram placa oclusal (27,6%) e aconselhamento (22,6%). CONCLUSÃO: A maior demanda por tratamento para disfunção temporomandibular foi de pacientes jovens, solteiros, do sexo feminino, com queixa de dor. A prevalência de sintomas de disfunção temporomandibular foi alta, os distúrbios musculares foram os achados mais prevalentes e a maioria dos tratamentos foi reversível e conservadora. A frequência de encaminhamentos para outras especialidades relacionadas à disfunção temporomandibular foi baixa.

ASSUNTO(S)

desordem temporomandibular dor orofacial epidemiologia

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