Revisão retrospectiva de pacientes encaminhados a um serviço de disfunção temporomandibular de uma universidade pública brasileira
AUTOR(ES)
Moura, Wellington Pereira de, Silva, Pâmela Lopes Pedro da, Lemos, George Azevedo, Bonan, Paulo Rogério Ferreti, Montenegro, Robinsom Viégas, Batista, André Ulisses Dantas
FONTE
Rev. dor
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-04
RESUMO
RESUMO JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O objetivo deste estudo foi descrever a análise retrospectiva de prontuários referentes a um serviço de atendimento a pacientes com disfunção temporomandibular em uma clínica de ensino de uma universidade pública brasileira. A prevalência de sinais e sintomas de disfunção temporomandibular, fatores associados, diagnósticos e observações relacionadas ao tratamento foram registrados. MÉTODOS: Duzentos e treze prontuários foram avaliados por um único examinador no período de março de 2013 a dezembro de 2014. Coletou-se informações sobre fatores sócio-demográficos, prevalência de sintomas de disfunção temporomandibular e necessidade de tratamento (índice anamnésico de Fonseca), exame clínico, diagnósticos, tratamentos e encaminhamentos para outros profissionais. RESULTADOS: A maioria dos pacientes era do sexo feminino (81,7%), solteira (53,0%), estudantes (23,3%) e entre 20 e 29 anos (26,8%). A dor foi relatada por 50,4% dos pacientes. De acordo com o índice FAI, 41,8% dos pacientes foram classificados com sintomas graves de disfunção temporomandibular e 73,2% identificados com necessidade de tratamento. Presença de sintomas de disfunção temporomandibular (p = 0,001) e necessidade de tratamento (p <0,001) foram significativamente associadas ao sexo feminino. O diagnóstico mais prevalente foi disfunção temporomandibular muscular (41,5%) e o músculo mais afetado foi o masseter (21,3%). Os tratamentos mais comuns foram placa oclusal (27,6%) e aconselhamento (22,6%). CONCLUSÃO: A maior demanda por tratamento para disfunção temporomandibular foi de pacientes jovens, solteiros, do sexo feminino, com queixa de dor. A prevalência de sintomas de disfunção temporomandibular foi alta, os distúrbios musculares foram os achados mais prevalentes e a maioria dos tratamentos foi reversível e conservadora. A frequência de encaminhamentos para outras especialidades relacionadas à disfunção temporomandibular foi baixa.
ASSUNTO(S)
desordem temporomandibular dor orofacial epidemiologia
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