RETORNO AO ESPORTE APÓS A RECONSTRUÇÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR

AUTOR(ES)
FONTE

Rev Bras Med Esporte

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-12

RESUMO

RESUMO A ruptura do ligamento cruzado anterior (LCA) representa mais da metade das lesões do joelho em esportes que envolvem rotações e mudanças repentinas de direção. A liberação do atleta para o retorno ao esporte (RAE) depois da reconstrução do LCA (RLCA) é uma tarefa difícil, de responsabilidade multidisciplinar. Por muitos anos, o período de seis meses pós-RLCA foi utilizado como único critério para RAE. Contudo, atualmente, sugere-se que o RAE não deve estar atrelado exclusivamente ao tempo, mas a dados clínicos e avaliações sistemáticas. Apesar da importância dos fatores pós-RLCA para o RAE, os fatores pré- e peri-RLCA também devem ser contemplados. Historicamente, a RLCA é realizada com tendões isquiotibiais ou patelares autólogos, apesar da escolha do enxerto ainda ser um tema em aberto e em constante evolução. Recentemente, a reconstrução do ligamento anterolateral e o reparo da lesão na rampa meniscal associadas à RLCA têm sido sugeridas como estratégias para melhorar a estabilidade articular do joelho. Questionários subjetivos são de fácil aplicação e ajudam a identificar fatores físicos ou psicológicos que possam dificultar o RAE. Testes funcionais como os hop tests e a avaliação de força com dinamômetros isocinéticos são ferramentas fundamentais na decisão quando aliadas à avaliação clínica e de ressonância magnética. Recentemente, tem-se incorporado ao escopo de avaliação da força muscular a capacidade de gerar força de maneira explosiva, mensurada através da taxa de desenvolvimento de torque (TDT). Devido a características inerentes a prática esportiva os tempos disponíveis para produção de força são demasiadamente pequenos e, sendo assim, a TDT parece representar melhor as demandas esportivas do que a avaliação isolada de força máxima. Nesta revisão, foram reunidos fatores pré, peri e pós-RLCA estabelecidos na literatura, assim como foi compartilhada nossa prática clínica, que consideramos ser a melhor para o RAE. Nível de evidência V; Opinião do especialista.

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