Ressecções videoassistidas. Ampliação do acesso à cirurgia hepática minimamente invasiva?

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Col. Bras. Cir.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-10

RESUMO

Objetivo: avaliar os resultados perioperatórios, segurança e exequibilidade das ressecções videoassistidas para lesões hepáticas primárias e secundárias. Métodos: a partir de um banco de dados prospectivo, foram analisados os resultados perioperatórios (até 90 dias) de 25 pacientes consecutivos submetidos à ressecções videoassistidas, no período entre junho de 2007 e junho de 2013. Resultados: a média de idade foi 53,4 anos (23 a 73 anos), sendo 16 (64%) pacientes do sexo feminino. Do total, 84% eram portadores de patologias malignas. Foram realizadas 33 ressecções (1 a 4 nódulos por paciente). Os procedimentos realizados foram: ressecções não regradas (n=26), segmentectomia (n=1), bissegmentectomia 2/3 (n=1), bissegmentectomia 6/7 (n=1), hepatectomia esquerda (n=2), hepatectomia direita (n=2). Do total, 66,7% dos procedimentos foram em segmentos póstero-superiores, necessitaram de resecções múltiplas ou ressecções maiores. O tempo médio de operação foi 226 minutos (80-420 min) e o tempo de anestesia de 360 minutos (200-630 min). O tamanho médio dos nódulos ressecados foi 3,2cm (0,8 a 10 cm) e as margens cirúrgicas foram livres em todos os espécimes analisados. Foram transfundidos 8% dos pacientes e nenhum caso foi convertido. O tempo de internação foi 6,5 dias (3 a 16 dias). Complicações pós-operatórias ocorreram em 20% dos pacientes, não havendo mortalidade perioperatória. Conclusão: a ressecção hepática videoassistida é exequível e segura, devendo fazer parte do armamentário do cirurgião de fígado para ressecções de lesões hepáticas primárias e secundárias.

ASSUNTO(S)

neoplasias hepáticas hepatectomia laparoscopia cirurgia videoassistida

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