Ressecções videoassistidas. Ampliação do acesso à cirurgia hepática minimamente invasiva?
AUTOR(ES)
Coelho, Fabricio Ferreira, Perini, Marcos Vinícius, Kruger, Jaime Arthur Pirola, Lupinacci, Renato Micelli, Makdissi, Fábio Ferrari, D'Albuquerque, Luiz Augusto Carneiro, Cecconello, Ivan, Herman, Paulo
FONTE
Rev. Col. Bras. Cir.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2015-10
RESUMO
Objetivo: avaliar os resultados perioperatórios, segurança e exequibilidade das ressecções videoassistidas para lesões hepáticas primárias e secundárias. Métodos: a partir de um banco de dados prospectivo, foram analisados os resultados perioperatórios (até 90 dias) de 25 pacientes consecutivos submetidos à ressecções videoassistidas, no período entre junho de 2007 e junho de 2013. Resultados: a média de idade foi 53,4 anos (23 a 73 anos), sendo 16 (64%) pacientes do sexo feminino. Do total, 84% eram portadores de patologias malignas. Foram realizadas 33 ressecções (1 a 4 nódulos por paciente). Os procedimentos realizados foram: ressecções não regradas (n=26), segmentectomia (n=1), bissegmentectomia 2/3 (n=1), bissegmentectomia 6/7 (n=1), hepatectomia esquerda (n=2), hepatectomia direita (n=2). Do total, 66,7% dos procedimentos foram em segmentos póstero-superiores, necessitaram de resecções múltiplas ou ressecções maiores. O tempo médio de operação foi 226 minutos (80-420 min) e o tempo de anestesia de 360 minutos (200-630 min). O tamanho médio dos nódulos ressecados foi 3,2cm (0,8 a 10 cm) e as margens cirúrgicas foram livres em todos os espécimes analisados. Foram transfundidos 8% dos pacientes e nenhum caso foi convertido. O tempo de internação foi 6,5 dias (3 a 16 dias). Complicações pós-operatórias ocorreram em 20% dos pacientes, não havendo mortalidade perioperatória. Conclusão: a ressecção hepática videoassistida é exequível e segura, devendo fazer parte do armamentário do cirurgião de fígado para ressecções de lesões hepáticas primárias e secundárias.
ASSUNTO(S)
neoplasias hepáticas hepatectomia laparoscopia cirurgia videoassistida
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