Respostas cardiorrespiratórias máximas e submáximas de mulheres jovens na corrida em piscina funda / Maximal and submaximal cardiorespiratory responses to the deep water running in young women

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2011

RESUMO

A corrida em piscina funda é um exercício que simula a corrida em terra, realizada sem o apoio dos pés no fundo da piscina e com o auxílio de um colete flutuador. De acordo com as características específicas dessa atividade, é importante adequá-la aos objetivos dos praticantes, estudando as suas diferentes respostas cardiorrespiratórias. Deste modo, o objetivo do presente estudo foi avaliar as respostas cardiorrespiratórias máximas e submáximas da corrida em piscina funda. A amostra desse estudo foi composta por 12 mulheres jovens com média de idade de 23,2 anos (± 1,9 anos), ambientadas ao meio líquido e isentas de problemas físicos. Todas realizaram um teste máximo de corrida em piscina funda sem deslocamento e um teste máximo de corrida em esteira no meio terrestre para avaliação da frequência cardíaca e do consumo de oxigênio máximos (FCmáx e VO2máx), e correspondentes ao primeiro (FCLV1 e VO2LV1) e ao segundo limiares ventilatórios (FCLV2 e VO2LV2). Além disso, compararam-se dois métodos de determinação do segundo limiar ventilatório (LV2): curva de Conconi (CC) e Curva da Ventilação (CV). As amostras também realizaram os testes submáximos de corrida em piscina funda com e sem deslocamento nas cadências 60, 80 e 100 bpm para avaliação da frequência cardíaca (FC), consumo de oxigênio (VO2), ventilação (Ve) e percepção de esforço (PE) nestas situações. Além disso, foi realizado o cálculo dos valores percentuais da FC e do VO2 das situações submáximas referentes as duas situações máximas. Para análise estatística foi utilizado teste T pareado, ANOVA de dois fatores para medidas repetidas com teste complementar de Bonferroni e teste de coeficiente de correlação intraclasse (ICC) (α=0,05). Os resultados demonstraram valores significativamente maiores para as variáveis FCmáx, VO2máx, FCLV1, VO2LV1, FCLV2 e VO2LV2 para o teste máximo realizado em esteira no meio terrestre em comparação ao teste máximo de corrida em piscina funda. Entre os métodos de determinação do LV2 não foram observadas diferenças significativas e foram observados valores de ICC fortes e significativos. Nas situações submáximas, as variáveis FC, VO2, Ve e PE aumentaram significativamente com o aumento da cadência de execução; e entre as formas de execução, foram encontrados valores significativamente maiores para a corrida em piscina funda realizada com deslocamento para as variáveis VO2, Ve e PE. Além disso, os percentuais da FC e do VO2 apresentaram valores significativamente maiores quando relativizados pelo teste máximo de corrida em piscina funda em comparação ao teste máximo em esteira. Concluímos que as variáveis cardiorrespiratórias no máximo esforço, no primeiro e no segundo limiar ventilatório são menores no teste máximo no meio aquático em comparação ao teste máximo em esteira. Além disso, não foram encontradas diferenças entre os métodos de determinação do LV2, demonstrando que a determinação a partir da CC parece ser um método bastante confiável e prático. Os resultados das variáveis submáximas indicam que o aumento da cadência e o deslocamento incrementam as respostas cardiorrespiratórias da corrida em piscina funda, resultado importante para adequar a prescrição dessa atividade com os objetivos dos praticantes. Além disso, a partir dos resultados dos percentuais de FC e VO2, sugerimos que para uma adequada prescrição da corrida em piscina funda sejam utilizados percentuais referentes ao teste máximo realizado com esta modalidade.

ASSUNTO(S)

aquatic exercise exercício físico heart rate ambiente aquático oxygen uptake second ventilatory threshold

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