Resposta fisiológica do mexilhão invasor Limnoperna fortunei (Dunker, 1857) (Bilvalvia: Mytilidae) submetido ao transporte e condições experimentais

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. J. Biol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

08/08/2016

RESUMO

Resumo A criação bem sucedida de animais em condições de laboratório para processos comerciais ou experimentais é uma cadeia complexa que inclui vários fatores de estresse (ex. coleta e transporte) que tem como consequência a redução das condições naturais do animal, prejuízos econômicos e resultados biológicos inconsistentes. Desde a invasão do bivalve Limnoperna fortunei (Dunker, 1857) na América do Sul, vários estudos têm sido realizados para ajudar no controle e gestão dessa praga em plantas industriais que utilizam água. Relativamente pouca atenção tem sido dada ao processo de criação de L. fortunei em laboratório, sua condição quando exposta ao estresse e sua aclimatação a condições de laboratório. Considerando estes aspectos, os objetivos deste estudo foram: (i) investigar as respostas fisiológicas de L. fortunei submetidos ao processo de depuração e subsequente transporte (sem água/condição seca) em duas temperaturas, analisando as diferentes concentrações de glicogênio e (ii) monitorar as concentrações de glicogênio nos diferentes grupos, quando mantidos por 28 dias em condições de laboratório. Com base nos resultados obtidos, a depuração não afetou nenhum grupo quando eles foram submetidos a oito horas de transporte. A variação da concentração de glicogênio entre os espécimes do campo quando depurados e não depurados, foi significativa apenas em relação à primeira semana em laboratório para o grupo não depurado e à segunda semana para o grupo depurado. Além disto, a temperatura testada não afetou os grupos submetidos ao transporte. As concentrações de glicogénio foram semelhantes as dos espécimes do campo a partir da terceira semana, o que sugere que os espécimes estão aclimatados às condições de laboratoriais neste período de tempo. Assim, os resultados indicam que o transporte ao ar e o tempo de aclimatação podem ser incorporados com sucesso aos estudos experimentais com L. fortunei. Finalmente, o conhecimento sobre a tolerância de L. fortunei ao estresse pode ajudar a entender a capacidade invasiva deste durante o processo de estabelecimento.

ASSUNTO(S)

s: bioinvasão glicogênio mexilhão dourado fisiologia

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