Resposta da mamoneira a fungos micorrízicos arbusculares e a doses de fósforo

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

12/12/2008

RESUMO

O óleo extraído das sementes de mamona possui características que permitem sua utilização em centenas de aplicações industriais. Com a criação do Programa Biodiesel Nacional a cultura da mamona tem-se destacado por apresentar grande potencial para expansão no país visando a obtenção de matéria prima para a produção de biodiesel. Entretanto, existem vários aspectos da cultura que precisam ser pesquisados para que esta expansão realmente aconteça no país, como por exemplo, aspectos nutricionais, obtenção de variedades adaptadas as diferentes condições climáticas, entre outros. O zoneamento climático para a cultura no Estado do Paraná feito no ano de 2008 foi um grande avanço para garantir o cultivo com menores riscos. Entre as pesquisas em andamento, a produção de mudas pode ser uma tecnologia alternativa para o plantio de mamona em locais com pouca disponibilidade hídrica, pois o desenvolvimento da parte aérea da mamoneira no primeiro mês é muito lento. Assim, mudas mais desenvolvidas transplantadas no início das chuvas permitem bom e rápido estabelecimento, com vantagens sobre as plantas daninhas. Na produção de mudas, a inoculação de fungos micorrízicos arbusculares pode vir a ser uma tecnologia com grande potencial prático, pois além de auxiliar na nutrição, principalmente fosfatada, também pode contribuir para o aumento da capacidade de estabelecimento da muda no campo. O objetivo do presente estudo foi o de avaliar a resposta da mamoneira inoculada com fungos micorrízicos arbusculares em diferentes níveis de P no solo. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, em Londrina-PR, com a utilização de solo arenoso (LVd) autoclavado como substrato. Os tratamentos foram instalados num esquema fatorial, casualizados, em vasos com capacidade de 4 kg, com quatro tratamentos de fungos micorrízicos (Controle, Gigaspora margarita, Glomus clarum, e uma mistura de espécies) e cinco doses de P (0, 20, 40, 80, 160 mg P kg solo-1), com quatro repetições. Foi utilizado o híbrido comercial de mamona Íris. Aos 40 e 60 dias após a semeadura foi realizada a avaliação da taxa fotossintética. Aos 65 dias foram avaliados os seguintes parâmetros: altura, massa seca das plantas, teor de clorofila, micorrização, dependência micorrízica e teores de nutrientes na parte aérea. Houve efeito significativo da inoculação de fungos micorrizícos arbusculares em todas variáveis analisadas nos níveis mais baixos de P. Plantas inoculadas com Gigaspora margarita apresentaram aumento da taxa fotossintética e o teor de clorofila no tratamento sem adição de P. Foi observado efeito positivo nos tratamentos com adição de P, sem inoculação. A adição de P influenciou significativamente a produção de matéria seca e teores de P na parte aérea da mamoneira. Os fungos micorrízicos foram eficientes em promover o crescimento da mamoneira em solo com baixo teor de P, que apresentaram alta dependência micorrízica nesse nível de P no solo.

ASSUNTO(S)

mamona micorriza fungos do solo plantas - efeito do fósforo castor bean mycorhiza

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