Responsabilidade social : ética ou estética um desafio para a educação escolar no Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

16/03/2012

RESUMO

A Responsabilidade Social é uma expressão surgida no contexto das discussões sobre o desenvolvimento sustentável. Procuramos entender este conceito na sua forma mais ampla para depois compreendermos o sentido da Responsabilidade Social na Educação Escolar quanto à sua infraestrutura física e humana e, consequentemente, analisar sua dimensão ética e estética. O que se pretende com a Responsabilidade Social na educação escolar é, em primeiro plano, a coerência entre seu discurso e suas práticas, que a educação não tenha um caráter unicamente pedagógico e teórico, que haja construção de valores sociais, transformando os educandos em cidadãos e não com objetivos apenas de transformá-los em mão de obra qualificada. Considere-se que até o mercado precisa de cidadãos éticos para uma sociedade mais justa. Nesta temática, iremos distinguir uma educação sustentável de uma educação para o desenvolvimento sustentável, considerando a primeira como nosso foco de estudo. Nesta perspectiva, compreende-se a educação escolar e a sociedade, contemplando seus stakeholders diretos e indiretos, em que não é mais possível viver com o paradoxo de importantes inovações tecnológicas, de um lado, e uma forma de aprendizagem anacrônica, de outro. Surge, a partir daí, o propósito de uma administração participativa e autônoma, que valorize os profissionais da educação e a capacitação de tomada de decisões, com o que buscamos contribuir para o melhor desempenho da educação escolar no Brasil, apresentando uma proposta de Responsabilidade Social na educação escolar a partir de uma nova ética. Neste contexto, procuramos entender a importância do conceito de accountability como uma nova estratégia de controle da gestão escolar e da administração pública. Assim, remeter-nos-emos ao contexto do regime educacional democrático que valorize todas as dimensões, que vão do Estado à escola, da escola ao professor e deste ao educando. Conclui-se que, embora o objetivo da educação tenha o aluno como foco principal, não é ele o único fim, pois há outros fatores no ambiente educacional que devem ser respeitados. Os educadores são, antes de tudo, profissionais com direitos e deveres; por isso, propomos uma deontologia pedagógica forte, que lhes coloque também como fim e não como meio para atingir os objetivos educacionais. A sugestão proposta é de uma autorregulação da profissão nos parâmetros dos conselhos. O professor é o pedagogo de suas ações, há nesta ação a existência de uma profissão que deve ser valorizada. A autorregulação deve ser realizada por um organismo de autorregulação de base associativa ou representativa da profissão. Esta é uma das propostas para a qualidade no ensino no Brasil e perpassa pelo reconhecimento e valorização do docente enquanto profissional. É um dos fatores importantes que se buscam pela prática da Responsabilidade Social na educação escolar, tornando-a sustentável globalmente.

ASSUNTO(S)

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