RESPIRAÇÃO DE FRUTOS E PERMEABILIDADE DE FILMES POLIMÉRICOS / RESPIRATION OF FRUITS AND PERMEABILITY OF POLYMERIC FILMS
AUTOR(ES)
Cristiano André Steffens
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006
RESUMO
O objetivo deste trabalho foi de avaliar a respiração e o quociente respiratório de frutos de diversas espécies em função da cultivar, ponto de maturação, temperatura e condições de atmosfera, durante o armazenamento, para obter dados sobre a possibilidade de ocorrer fermentação e distúrbios fisiológicos em frutos armazenados em atmosfera modificada. Também, objetivou-se desenvolver uma metodologia para avaliar a permeabilidade de filmes poliméricos ao O2 e CO2 sob condições experimentais de armazenamento que produzam resultados que possam ser utilizados na escolha de um filme para o armazenamento de frutas em atmosfera modificada. Para tanto, avaliou-se a respiração de frutos de algumas cultivares de maçã, quivi, caqui e pêssego, em dois estádios de maturação, diferentes temperaturas de armazenamento (0, 10 e 20C) e condições de armazenamento (armazenamento refrigerado e atmosfera modificada). Também avaliou-se o efeito de condições de armazenamento sobre a incidência de degenerescência da polpa, de sabor e de aroma alcoólico em pêssegos Jubileu e quivi Bruno e a relação destes parâmetros com a respiração. Para o estudo da permeabilidade dos filmes poliméricos, foi avaliado o efeito da umidade relativa, da temperatura (0, 5, 10, 15 e 20C) e do gradiente da concentração de gases (10, 15 e 20% de O2 e 5, 10 e 15% de CO2) sobre a permeabilidade de diferentes filmes poliméricos (celofane permeável e impermeável ao vapor dágua, policloreto de vinila, náilon, polipropileno biorientado, polietileno de baixa e de alta densidade). Também avaliou-se o efeito da espessura, da densidade, da presença de aditivos, da temperatura e do gradiente de concentração de gases sobre a permeabilidade de filmes de polietileno. Segundo os resultados, a incidência de degenerescência da polpa e a presença de sabor alcoólico em pêssego Jubileu e quivi Bruno foi menor nos níveis de CO2 mais baixos (5 e 8kPa de CO2), independentemente do nível de O2, respectivamente. A ocorrência destes distúrbios fisiológicos, em ambas espécies, apresentou correlação positiva com o quociente respiratório e negativa com a respiração dos frutos. As cultivares de maçã, Gala a 0C e Fuji a 0 e 10C, não apresentaram pico respiratório característico de frutos climatéricos. O estádio de maturação influenciou a taxa respiratória nas duas cultivares de maçã e no caqui Giombo a 0C, e nos caquis Fuyu e Rama Forte armazenados a 10C. O aumento da temperatura exerceu forte efeito sobre o incremento na taxa respiratória. O valor Q10 variou de acordo com a espécie e com a faixa de variação da temperatura. A modificação da atmosfera, em média, reduziu a taxa respiratória em 14,3%, em frutos armazenados a 0C. A câmara de permeação projetada e construída permitiu avaliar filmes poliméricos quanto à permeabilidade aos gases e a sua determinação deve ser realizada em condições semelhantes as utilizadas no armazenamento comercial. Os resultados de permeabilidade aos gases, obtidos pela metodologia descrita, podem ser utilizados para a escolha de um filme adequado ao armazenamento de determinado fruto em atmosfera modificada.
ASSUNTO(S)
armazenamento agronomia postharvest modified atmosphere pós-colheita storage atmosfera modificada distúrbios fisiológicos physiological disorders
ACESSO AO ARTIGO
http://coralx.ufsm.br/tede/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=64Documentos Relacionados
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