Requisitos de sustentabilidade para o desenvolvimento de projetos residenciais multifamiliares em São Paulo / Sustainability requirements for the design of multifamily residential buildings in São Paulo

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

18/05/2012

RESUMO

O setor da construção civil é o maior e o que mais consome recursos em qualquer economia, considerando todas as suas fases, desde a fabricação de materiais até a ocupação e demolição. No Brasil, os edifícios são responsáveis por cerca de 50% do consumo de eletricidade e por 21% do consumo de água. Na cidade de São Paulo, a maior do país, o mercado imobiliário residencial é o principal mercado da construção e, por consequência, responsável por impactos socioambientais compatíveis. Desde 2007, ferramentas de certificação Green Building (internacionais e nacionais) ganharam força no mercado brasileiro, com destaque para os empreendimentos comerciais e de serviços. A partir de 2010, foram criados sistemas de avaliação voltados exclusivamente ao setor residencial, que ainda pouco explora o conceito de sustentabilidade nos projetos e canteiros de obra. Com base em um estudo detalhado do mercado da construção civil e das ferramentas de avaliação e normas técnicas brasileiras, foi possível definir 29 requisitos de sustentabilidade para a concepção e o desenvolvimento de projetos residenciais multifamiliares na cidade de São Paulo. Os requisitos (qualitativos) se desdobram em critérios (quantitativos) e devem servir de ferramenta para incorporadores e projetistas (com ênfase no arquiteto), durante a concepção e o desenvolvimento do projeto, incluindo a escolha do terreno e a especificação de materiais e sistemas. Abrangendo temas importantes como conectividade urbana, áreas verdes, uso racional de água, eficiência energética, materiais de menor impacto ambiental, gestão de resíduos, conforto ambiental e acessibilidade, os requisitos e critérios, uma vez adotados em projetos, resultarão em melhor desempenho econômico, ambiental e social do edifício ao longo de toda a sua vida útil, reduzindo as emissões de CO2, os custos operacionais e a exploração de recursos naturais, além de melhorar a qualidade de vida dos usuários. Entretanto, esta deve ser entendida como uma abordagem inicial, visto que ainda há muito a se pensar quando o assunto é sustentabilidade na habitação e a participação de todas as partes interessadas nesse processo de mudança (governo, incorporadores, construtores, projetistas, fabricantes de materiais e equipamentos, pesquisadores, consultores e consumidores) é de fundamental importância.

ASSUNTO(S)

architectural design edifícios residenciais projeto de arquitetura residential buildings sustainability sustentabilidade

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