Representações dos espaços fantásticos do Oriente sob a ótica ocidental: uma análise de O mandarim e A relíquia de Eça de Queirós
AUTOR(ES)
Dalila Andrade Lara
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
02/03/2012
RESUMO
A maior parte das narrativas de Eça de Queirós é voltada para o que se convencionou chamar de Realismo/Naturalismo. Ao final do século XIX, Eça tem o seu auge com a publicação definitiva de O crime do Padre Amaro (1880), obra esta que foi alvo de grandes críticas sociais. Mas, o que nos interessa no presente trabalho é o fato de, nesse mesmo momento, o autor ter dado lugar a uma literatura fantástica e humorística, com a publicação de O mandarim (1880). Eça consegue demonstrar em suas obras um jogo entre ficção e realidade, pois, mesmo sendo pioneiro no Realismo de Portugal, a fantasia se encaixa perfeitamente nos seus romances e contos. E, em algumas de suas obras, as viagens dos personagens ao Oriente provocam uma certa hesitação no leitor, que entra em contato com essa imagem oriental tão perscrutada e observada pela visão ocidental. Este estudo visa analisar e apresentar os aspectos espaciais e fantásticos de duas obras queirosianas: O mandarim e A relíquia, sob uma perspectiva de autores como Edward Said, que enfatiza em sua obra Orientalismo (1990) o conceito de orientalismo; e de autores que embasam a fundamentação teórica sobre a literatura fantástica, como Tzvetan Todorov, Filipe Furtado e Remo Ceserani. É de extrema importância ressaltar aqui que O mandarim e A relíquia não são as duas únicas obras que focalizam o tema, visto que inúmeras outras obras de Eça retratam o Oriente.
ASSUNTO(S)
espaço oriente fantástico maravilhoso eça de queirós teoria literaria literatura portuguesa - história e crítica queiroz, eça de, 1845-1900 - crítica e interpretação east space fantastic wonderful
ACESSO AO ARTIGO
http://www.bdtd.ufu.br//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4208Documentos Relacionados
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