Religião e controle social no mundo romano: a proibição das Bacanais em 186 a.C. Conferência do I Colóquio Internacional e III Colóquio Nacional do LEIR (Laboratório de estudos sobre o Império Romano) da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Campus Franca. Setembro de 2010
AUTOR(ES)
Junqueira, Nathalia Monseff
FONTE
História (São Paulo)
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-12
RESUMO
No ano de 186 a.C. foram duramente reprimidos os cultos báquicos na Itália por meio de diferentes medidas tomadas pelo senado (senatus consultum de Bacchanalibus ,CIL I2 581 e Liv. 39, 8-19). Uma extensa tradição historiográfica moderna afirma que a proibição deste culto constitui "um fato absolutamente excepcional na história de Roma", pois o paganismo se caracterizou pela abertura e a tolerância. No entanto, o tema da tolerância religiosa em sistemas politeístas é bastante complexo (Rüpke 2001) e não se trata de uma simples exceção, como o manifestou North em seu estudo sobre a tolerância religiosa na república romana (North 1979). Nesta perspectiva, o estudo das fontes da proibição das bacanais em Roma no ano de 186 a.C. e sua recepção (Lívio) oferece um ponto de referência para o tema da relação entre religião, ordem, estrutura, disciplinamento e controle social no mundo romano. Esse é o marco no qual se pode contextualizar a discussão sobre tolerância e intolerância religiosa na república romana.
ASSUNTO(S)
bacanais república romana proibição religiosa religião romana disciplinamento controle social tolerância religiosa
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