Relação entre solo, vegetação e topografia em área de cerrado (Parque Estadual de Vassununga, SP): como se expressa em mapeamentos?

AUTOR(ES)
FONTE

Acta Botanica Brasilica

DATA DE PUBLICAÇÃO

2006-06

RESUMO

Foram investigadas as relações entre mapas de fitofisionomias, solos e topografia, na Gleba Pé-de-Gigante (21º37'30''S; 47º37'30''W, SP). A área estudada constitui a planície de inundação do córrego Paulicéia e colinas no entorno, onde predominam fisionomias de cerrado, havendo também manchas de floresta estacional, floresta ripária e campo úmido, sobre solos predominantemente arenosos. As cartas temáticas analisadas compreenderam: a) mapa pré-existente de fisionomias de vegetação, b) mapa hipsométrico, baseado em curvas de nível de 5 em 5 m e c) mapa de solos, feito a partir de dados químicos e físicos do solo (amostras coletadas em 54 pontos, nas profundidades: 0-5, 5-25, 40-60 e 80-100 cm) e fotografias aéreas (1988, 1:40.000). Os mapas foram re-classificados, para se obter diferentes níveis de detalhamento, e cruzados, em sistema de informação geográfica. Nas tabelas de contingência, geradas a partir dos cruzamentos, foi aplicado o teste de Qui-quadrado e obtido o valor de correlação de Cramér, para investigar a relação entre os mapeamentos. A floresta estacional semidecídua se mostrou fortemente associada à classe geral de Latossolos, e o campo cerrado às altitudes de 620-650 m, provavelmente associado à dinâmica sub-superficial da água. O detalhamento da informação mapeada nos temas analisados não garantiu melhores resultados à interpretação de suas relações, pois as classes fitofisionômicas não respondem diretamente, nem isoladamente, à topografia ou à classificação usual dos solos.

ASSUNTO(S)

cerrado fitofisionomia classificação de solos topografia mapeamento correlação espécie-ambiente

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