Relação entre renda familiar e consumo alimentar habitual de vitaminas com ação antioxidante na população infantil : um estudo de base populacional

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

As práticas alimentares de crianças estão fortemente condicionadas ao poder aquisitivo das famílias, do qual dependem a disponibilidade, a quantidade e a qualidade dos alimentos consumidos, influenciando diretamente no consumo alimentar habitual de vitaminas, com ação antioxidante, importantes para a prevenção de doenças crônicas e carenciais específicas. Este estudo objetivou analisar a relação entre renda familiar e consumo alimentar habitual de β-caroteno, vitamina C e vitamina E de crianças do município de João Pessoa/PB, Brasil. Estudo de base populacional, de corte transversal, realizado no município de João Pessoa/PB, envolvendo os cinco Distritos Sanitários delimitados pela Secretaria de Saúde do Município. Avaliou-se 183 crianças na faixa etária de 2 a <10 anos em uma amostragem estratificada por nível de renda representativa da população de João Pessoa. O instrumento de pesquisa constituiu-se de questionários abordando variáveis sócio-econômicas, demográficas, epidemiológicas, antropométricas e de consumo alimentar. Analisaram-se os resultados com o Software R, por meio da estatística descritiva (média, mediana, desvio-padrão, frequência simples e relativa e percentual) e inferencial (correlações e regressões). Houve predominância do gênero masculino (55,29%), das classes de renda E (até US$ 428.64) e C (>US$ 622.31 - US$ 2,682.93) e de mães que estudaram 9 anos ou mais. Quanto ao consumo de vitaminas, houve baixa inadequação de vitamina C (7,65%) e elevada inadequação de vitamina E (59,41%), sendo esta mais frequente na faixa etária de 4 a 8 anos (32,94% das crianças). Houve uma correlação inversa entre renda e consumo energético (r = -0,1525, p<0,05) e entre renda e consumo de vitamina E (r = -0,3, p<0,05). A relação entre renda e escolaridade materna (p<0,05), entre renda e consumo de β-Caroteno e entre renda e consumo de vitamina C foi significativamente positiva (r = 0,33 e r =0,28, respectivamente, p<0,05). Conclui-se que o consumo de vitaminas com ação antioxidante está positivamente relacionado com a renda familiar, no que se refere à Vitamina C e ao β-Caroteno, e negativamente no que se refere à Vitamina E e calorias.

ASSUNTO(S)

nutricao crianças renda antioxidant vitamins children food consumption consumo alimentar vitaminas antioxidantes income

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