RELAÇÃO ENTRE INGESTÃO DE CÁLCIO E OBESIDADE EM CRIANÇAS DE 3 A 5 ANOS DE IDADE.
AUTOR(ES)
Maria do Socorro Litaiff Rodrigues Dantas
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008
RESUMO
Objetivos: Estudar a relação entre ingestão de cálcio e a ocorrência de obesidade em crianças entre 2 a 5 anos de idade. Metodologia: Estudo transversal de crianças de 3 a 5 anos de idade, residentes em duas áreas, uma de alta produção familiar de leite, no município de Jaguaretama, e outra de baixa produção, no município de Cascavel. Foi aplicado questionário para avaliação antropométrica, levantamento das variáveis sócio-econômicas, relacionadas à amamentação, à alimentação complementar e relacionadas ao uso de leite de vaca. Ao final foi aplicado o Recordatório de 24, onde as mães ou responsáveis pelas crianças responderam a 3 recordatórios de 24h, aplicado em dias alternados, e um deles aplicado num dia de segunda-feira. 0 entrevistador solicitava ao entrevistado que mencionasse todos os alimentos consumido pela criança nas últimas 24 horas. A quantidade dos alimentos consumidos pelas crianças era registrada em medidas, tamanhos e porções caseiras. Os entrevistadores foram treinados para a coleta dos dados. As medidas/tamanhos/porções dos alimentos registrados nos 3 recordatórios de 24 Horas foram entrados no Sistema Nut Win Versão 1.5 2002 e cadastrados no sistema, quando necessário, segundo as medidas caseiras. Foram obtidas do Nut Win as médias diárias das quantidades e volumes dos alimentos ingeridos por cada criança e as médias diárias das quantidades (em gramas) dos macro nutrientes e de algumas vitaminas e sais minerais ingeridos por cada criança; Distribuições de variáveis contínuas foram comparadas através de Teste de t Student ou de Teste da Soma dos Postos Sinalizados de Wilcoxon. Quando a distribuição não era significativamente diferente da distribuição normal foi usado o Teste de t. Por outro lado, o Teste de Wilcoxon foi usado quando a distribuição era significativamente diferente da distribuição normal. Distribuições foram consideradas significativamente diferentes quando o valor-p foi menor que 0,05.Proporções foram comparadas através do Teste do Qui-quadrado ou do Teste Exato de Fisher. Quando o valor esperado de todas as células era igual ou superior ao valor 5, foi usado o Teste do Qui-quadrado. Nos demais casos foi usado o Teste Exato de Fisher. A associação entre variáveis foi estimada através da Razão de Prevalência. Razões de Prevalência foram consideradas significativamente diferentes do valor 1, quando o intervalo de confiança de 95% não incluía o referido valor. Resultados: os resultados não foram consistentes, o consumo de cálcio pelas crianças obesas foi semelhante ao consumido pelas crianças não obesas. A falta de concordância entre os resultados pode ser decorrente de erro de classificação da exposição (Estimativa de Ingestão de Cálcio); diferentes formas de definir o desfecho: Peso, Mudança de Peso, IMC, % de Gordura Corporal, Total de Gordura Corporal; o fenômeno é multifatorial, muitos trabalhos não ajustaram para outras variáveis e quando ajustaram o fizeram através de técnicas diferentes: comparando médias ajustadas para energia, regressão linear ajustando somente para energia e regressão linear ajustando para energia associado a variados potenciais confundidores. É possível que a relação exista apenas grupos específico de indivíduos, como para indivíduos com baixa ingestão calórica; mais para mulheres do que nos homens; para indivíduos que ingerem doses menores de cálcio (>600 mg); e para indivíduos com IMC menor Conclusões: existe uma complexa relação entre ingestão de cálcio e obesidade em crianças. Diversos fatores podem estar relacionados tanto à exposição quanto em relação ao resultado. Pesquisas nesse campo almejam definir os impactos sobre a saúde decorrentes do consumo de cálcio no aspecto da obesidade.
ASSUNTO(S)
cálcio. obesidade. criança. calcium. obesity. child. saude publica
ACESSO AO ARTIGO
http://www.uece.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=152Documentos Relacionados
- A abordagem Pontes na musicalização para crianças entre 0 e 2 anos de idade.
- Ingestão de cálcio e de fósforo em crianças de três a doze anos de idade, de duas escolas, pública e particular, de Belo Horizonte, MG
- Relação entre deficiência de ferro e anemia em crianças de até 4 anos de idade
- Variação entre procedências de araucária em Ribeirão Branco (SP) aos vinte e três anos de idade.
- Mudanças dimensionais dos arcos dentários em crianças entre 3 e 6 anos de idade