Relação entre a modulação autonômica cardíaca e as características clínicas e angiográficas de pacientes com doença arterial coronariana

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Journal of Physical Therapy

DATA DE PUBLICAÇÃO

14/10/2011

RESUMO

CONTEXTUALIZAÇÃO: A redução da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) é considerada como um importante marcador de disfunção autonômica. OBJETIVOS: Avaliar a VFC em pacientes com doença arterial coronariana (DAC) e compará-los com sujeitos saudáveis. MÉTODOS: Cinquenta e dois homens (53±7,2 anos), divididos em três grupos, sendo dois grupos com obstrução coronariana (DAC+ com obstrução ≥50%, n=17 e DAC+ com obstrução ≥50%, n=18) e um grupo controle (GC, n=17). A frequência cardíaca (FC) foi captada batimento a batimento, a partir do Polar®S810i, em repouso supino, durante 15 minutos. A análise da VFC foi feita pelos cálculos da entropia de Shannon (ES) e pelos padrões da análise simbólica (0V e 2ULV%), relacionados à predominância simpática e vagal, respectivamente. A análise estatística incluiu o teste de Kruskal-Wallis e a análise multivariada (p<0,05) RESULTADOS:O grupo DAC+ apresentou menores valores de ES e 2ULV% e maior 0V quando comparado aos grupos DAC- e CG. Na análise multivariada, observou-se menor ES e maior 0V na presença das características clínicas prévias, como infarto e revascularização do miocárdio no grupo DAC+ comparado ao grupo DAC-. O uso de inibidores da enzima conversora de angiotensina contribuiu para maior ES do grupo DAC- comparado ao DAC+. CONCLUSÃO: Na DAC+ não complicada, os padrões da VFC apresentam menor complexidade, maior modulação autonômica simpática e menor modulação parassimpática comparativamente ao DAC- e ao GC em repouso supino. Esses resultados indicam que a disfunção autonômica cardíaca está relacionada ao grau de oclusão coronariana e ao comprometimento cardíaco.

ASSUNTO(S)

fisioterapia frequência cardíaca doença arterial coronariana dinâmica não-linear

Documentos Relacionados