Regulação da ingestão protéica na tilápia do Nilo, Oreochromis niloticus

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Zootecnia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2004-12

RESUMO

Estudou-se a habilidade de juvenis de tilápia do Nilo, Oreochromis niloticus, em regular a ingestão protéica. Mil exemplares com peso e comprimento de 13,93g ± 0,87g e 8,8cm ± 0,47cm, respectivamente, revertidos sexualmente, foram distríbuídos em oito grupos de 125 peixes, em aquários de 1.000 L com renovação contínua de água e dotados de dois alimentadores de demanda. Duas rações isoenergéticas (2.800 kcal/kg) contendo, respectivamente, 40% e 15% PB foram oferecidas diariamente, ad libitum, em combinações que caracterizaram quatro tratamentos: A: ração de 15% PB de um lado e de 40% PB do outro do aquário; B: idêntico ao tratamento A com inversão dos lados; C: ração de 15% PB fornecida em dois alimentadores; e D: ração de 40% PB fornecida em dois alimentadores. O delineamento em quadrado latino permitiu que os peixes fossem submetidos a cada tratamento durante quatro fases de 15 dias (I, II, III e IV). Entre as fases, houve intervalo de uma semana, quando os peixes receberam dieta contendo 30% PB nos dois alimentadores. O consumo alimentar dos peixes, registrado diariamente, não diferiu significativamente entre os tratamentos A e B. Porém, quando foram apresentadas simultaneamente as dietas contendo mesmo teor de PB (Tratamentos C e D), observou-se consumo significativamente maior da ração contendo 15% de PB (Tratamento C). O ajuste em porcentagem da proteína ingerida pelos peixes revelou média de 24% de PB. Os resultados confirmaram a hipótese de que a tilápia do Nilo apresenta habilidade em regular a ingestão dietética protéica por meio de livre escolha.

ASSUNTO(S)

comportamento alimentar livre escolha oreochromis niloticus proteína tilápia do nilo

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