Regeneração de espécies arbóreas e relações com componente adulto em uma floresta estacional no vale do rio Uruguai, Brasil
AUTOR(ES)
Leyser, Gabriela, Zanin, Elisabete Maria, Budke, Jean Carlos, Mélo, Máida Ariane de, Henke-Oliveira, Carlos
FONTE
Acta Botanica Brasilica
DATA DE PUBLICAÇÃO
2012-03
RESUMO
O estudo de fenômenos relacionados às variações na estrutura das comunidades vegetais tem cada vez mais envolvido a avaliação do potencial de regeneração das espécies arbóreas, uma vez que a regeneração torna as florestas capazes de se restaurarem após distúrbios naturais ou antrópicos. Neste sentido, objetivou-se avaliar o componente arbóreo regenerante, identificando composição e abundância, grupos funcionais de dispersão, estratificação vertical e necessidades de luz para germinação, além de estimativas de riqueza e diversidade e comparar estes valores com o respectivo componente adulto. O levantamento foi realizado em 20 unidades amostrais de 10 x 10 m, sendo amostrados todos os indivíduos com altura > 0,30 m e diâmetro a altura do solo < 4,7 cm. O levantamento do componente adulto, avaliado em estudo anterior, foi estabelecido em unidades amostrais de 20 x 20 metros, sendo amostrados todos os indivíduos com diâmetro à altura do peito > 4,7 cm. Foram amostrados 1.649 indivíduos em regeneração, pertencentes a 64 espécies, com densidade total estimada em 8.245 ind.ha-1. As espécies com maior densidade absoluta foram Gymnanthes concolor Spreng., Trichilia elegans A.Juss. e Calyptranthes tricona D.Legrand. Uma análise de coordenadas principais indicou nítida separação das unidades amostrais amostradas e um teste de Mantel revelou haver independência entre as matrizes de composição e abundância dos componentes adulto e regenerante (r = 0,19; p = 0,1). Dentre os grupos funcionais, verificou-se que o componente regenerante está mantendo as mesmas proporções observadas para o componente adulto, com maior proporção de espécies zoocóricas, dependentes de luz para germinação e formadoras do dossel florestal. Ao contrário do esperado, houve diminuição da riqueza no componente regenerante (p < 0,001) e manutenção da equabilidade ao longo da área.
ASSUNTO(S)
componente regenerante curvas de rarefação dinâmica de mosaicos estrutural florestal grupos funcionais teste de mantel
Documentos Relacionados
- FITOSSOCIOLOGIA DO COMPONENTE ARBORESCENTE-ARBÓREO DE UMA FLORESTA ESTACIONAL NO VALE DO RIO URUGUAI, SUL DO BRASIL
- Gradiente estrutural no componente arbóreo e relação com inundações em uma floresta ribeirinha, rio Uruguai, sul do Brasil
- Padrões estruturais e funcionais do componente arbóreo de uma Floresta Ribeirinha, Parque Estadual do Turvo,Rio Uruguai, sul do Brasil
- Composição, estrutura e relações florísticas do componente arbóreo de uma floresta estacional no Rio Grande do Sul, Brasil
- Composição florística de epífitos vasculares no estreito de Augusto César, Floresta Estacional Decidual do Rio Uruguai, RS, Brasil