REFRAMING IDENTITIES IN THE MOVE: A TALE OF EMPOWERMENT, AGENCY AND AUTONOMY

AUTOR(ES)
FONTE

Trab. linguist. apl.

DATA DE PUBLICAÇÃO

25/04/2019

RESUMO

RESUMO Movimentos transnacionais alçados pela globalização a um nível de normalidade, para não de dizer de absoluta necessidade, reconstruíram o mundo e suas práticas sociais. Como prática social, as dimensões da língua adquirem também uma nova importância na forma como as pessoas usam e consomem línguas funcionando, assim, como agentes no exercício do poder político e social. As ideologias linguísticas, sejam elas construídas de forma individual ou social podem ser uma fonte de empoderamento ou, por outro lado, de desempoderamento, forjando assimetrias na forma como as pessoas consomem línguas. Desta forma, a busca pela autonomia na aprendizagem de línguas com a combinação de suas dimensões técnica, psicológica, sociocultural e política constituem um espaço (inter)pessoal de emancipação e de transformação social. O viés teórico deste artigo enfatiza os aspectos sociais, no lugar dos individuais, da autonomia do aprendiz, com base na concepção da chamada autonomia sociocultural (OXFORD, 2003). Lançando mão das contribuições de Bakhtin (1929/2006; 1981) e Vygotsky (1991), utilizadas como bases teóricas para este trabalho e em consonância com as ideias de identidades fluídas e híbridas (HALL, 1992; BAUMAN, 2005; MOITA LOPES, 2006), discute-se agência, empoderamento e identidade por meio do desenvolvimento da autonomia sociocultural em ambientes multiculturais. Este artigo então é uma tentativa de mostrar questões de empoderamento, autonomia e agência reveladas em práticas sociais e de linguagem reais em resultados obtidos em dois projetos de pesquisa conduzidos separadamente pelas autoras em dois contextos diferentes, mas relacionados com o mesmo interesse de pesquisa. Em outras palavras, ambos projetos almejaram analisar autonomia de aprendizes de língua, agência e empoderamento no processo contínuo de reconstrução de identidades dos aprendizes ao aprenderem uma segunda língua. Este artigo é o resultado de dois projetos de pesquisa conduzidos separadamente pelas autoras deste trabalho, mas relacionados ao mesmo interesse de pesquisa, ou seja, a autonomia na aprendizagem de língua e agência em um constante processo de construção de identidades. A geração de dados foi baseada em entrevistas com duas falantes de português brasileiro e aprendizes de inglês como língua adicional, enquanto faziam programa de intercâmbio nos E.U.A. e na Austrália. Os resultados mostram que ambas participantes parecem reconstruir suas múltiplas identidades, de forma a se adaptarem e readaptarem às novas comunidades de prática - COP nas quais elas emergem. Fatores como agência, empoderamento e autonomia sociocultural parecem ser essenciais e decisivos neste processo de reconstrução de identidades.ABSTRACT Transnational movements raised by globalization to a status of normality, let alone to absolute necessity, have reshaped the world and social practices (VERTOVEC, 2007; WEI & HUA, 2013). As a social practice, language dimension acquires a renewed importance in the way people use and consume languages functioning as an agent in the exercise of social and political power. Language ideologies, whether individual or socioculturally constructed, may be a source of empowerment or, conversely, disempowerment, forging asymmetries in the way people consume languages. Thus, the pursuit of autonomy in language learning with the combination of its technical, psychological, sociocultural and political dimensions constitutes a space for (inter)personal emancipation and social transformation. Our theoretical framework emphasizes the collective aspects of learner autonomy, based on the sociocultural autonomy concept (OXFORD, 2003). Drawing on Bakhtin's (1929/2006;1981) and Vygotsky's (1991) contributions used as groundwork for research in learner autonomy and in consonance with ideas of fluid and hybrid identities (HALL, 1992; BAUMAN, 2005; MOITA LOPES, 2006), this paper discusses agency, empowerment and identity through sociocultural autonomy development in multicultural environments. This chapter, then, is an attempt to show issues of empowerment, autonomy and agency being processed across real-life social language practices. Its findings and results come from two research projects conducted by the authors in two different contexts but related to the same research interest. Both projects aimed to analyze language learning autonomy, agency and empowerment in the continuous process of learners (re)constructing their identities, while learning a second language. Data generation was based on interviews with two speakers of Brazilian Portuguese and learners of English as an additional language, while taking part in exchange programs for international mobility - one of them in the U.S and another one in Australia. Results show that both participants seem to reframe their multiple identities, so that they can adapt and readapt themselves to the new communities of practice (COP), in which they have emerged. Factors like agency, empowerment and sociocultural autonomy seem to be essential and decisive in this process of reframing identities.

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