Reflexões de uma antropóloga "andarina" sobre a etnografia numa comunidade de mineiros de carvão

AUTOR(ES)
FONTE

Horizontes Antropológicos

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009-12

RESUMO

Ancorada em minhas experiências de campo na comunidade de mineiros de carvão de Minas do Leão (RS) - e também na Lorena francesa -, analiso neste artigo a dimensão da subjetividade do pesquisador, considerando os estudos de Devereux (1980) sobre as "observações recíprocas" que se operam entre etnógrafo e nativos e as perturbações mútuas daí derivadas, que remetem a conhecimentos específicos sobre a interação. As reflexões consideram minha condição de gênero, de ser uma mulher investigando um universo masculino, e se alicerçam ainda em diferentes dimensões de minha trajetória e nos ecos que essas identidades suscitam entre meus interlocutores. Adotando a noção de "ser afetado" (être afecté) proposta por Favret-Saada (1990), exploro ainda os insights suscitados por sonhos em diferentes contextos da pesquisa, reveladores de novos aspectos acerca da experiência etnográfica.

ASSUNTO(S)

etnografia mineiros de carvão observação recíproca subjetividade

Documentos Relacionados