Redução dos níveis de estresse oxidativo na mucosa cólica sem trânsito intestinal após aplicação de enemas contendo extrato aquoso de Ilex paraguariensis
AUTOR(ES)
Cunha, Fernando Lorenzetti da, Silva, Camila Morais Gonçalves da, Almeida, Marcos Gonçalves de, Lameiro, Thais Miguel do Monte, Marques, Letícia Helena Souza, Margarido, Nelson Fontana, Martinez, Carlos Augusto Real
FONTE
Acta Cirurgica Brasileira
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-08
RESUMO
OBJETIVO: Avaliar os efeitos antioxidantes de clisteres contendo extrato aquoso de Ilex paraguariensis comparando segmentos com e sem trânsito fecal e correlacionando com o tempo de intervenção. MÉTODOS: Vinte e seis ratos Wistar machos foram submetidos à derivação do trânsito no cólon esquerdo pela confecção de colostomia proximal e fístula mucosa distal. Foram divididos de forma randomizada em dois grupos experimentais de 13 animais, de acordo com o sacrifício ser realizado após duas ou quatro semanas do procedimento cirúrgico. Cada grupo foi dividido em dois subgrupos experimentais segundo a aplicação diária ter sido realizada com enemas diários contendo solução fisiológica a 0,9% ou extrato aquoso de Ilex paraguariensis na concentração de 0,2 g/100 ml. O diagnóstico de colite foi estabelecido por análise histológica e os níveis de estresse oxidativo pela dosagem tecidual de malondialdeído Para comparar os níveis de malondialdeído entre os cólons com e sem trânsito fecal em cada grupo experimental adotou-se o teste de Mann-Withney, e o teste de Kruskal-Wallis para verificar a variação dos níveis de estresse oxidativo segundo o tempo de irrigação, estabelecendo-se para ambos o nível de significância de 5% (p<0,05). RESULTADOS: Os níveis de malondialdeído nos animais submetidos à intervenção com soro fisiológico nos cólons providos e desprovidos de trânsito fecal após duas e quatro semanas de irrigação foram de 0,05±0,006, 0,06±0,006 e 0,05±0,03, 0,08±0,02 respectivamente. Os níveis de malondialdeído nos animais irrigados com Ilex paraguariensis, nos cólons providos e desprovidos de trânsito, após duas e quatro semanas de irrigação foram de 0,010±0,002, 0,02±0,004 e 0,03±0,007, 0,04±0,01, respectivamente. Após duas e quatro semanas de intervenção os níveis de malondialdeído foram menores nos animais irrigados com Ilex paraguariensis, independente do tempo de irrigação (p=0,0001 e p=0,002, respectivamente). CONCLUSÃO: A aplicação diária de extrato aquoso de Ilex paraguariensis reduz os níveis de dano oxidativo tecidual nos segmentos cólicos sem trânsito fecal, independente do tempo de irrigação.
ASSUNTO(S)
cólon colite estresse oxidativo ilex paraguariensis peroxidação de lipídeos malondialdeído ratos
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