Redução cirúrgica da luxação do quadril em pacientes com artrogripose múltipla congênita: acesso anteromedial

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Ortopedia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar os resultados do tratamento cirúrgico da luxação do quadril através do acesso anteromedial em pacientes com artrogripose múltipla congênita (AMC). MÉTODOS: Retrospectivamente foram revisados os prontuários e radiografias de sete crianças com AMC que apresentavam luxação do quadril, totalizando 10 quadris luxados. Foi avaliada a mobilidade articular pré e pós-operatória através da somatória do arco de mobilidade articular em flexão e abdução. Radiograficamente foram avaliados, no pré-operatório, o ângulo acetabular e a altura do colo do fêmur e, no pós-operatório, a continuidade do arco de Shenton, ângulo de Sharp e ângulo CE (centro borda). Quando foi identificada a necrose avascular, esta foi classificada segundo Ogden e Bucholz. RESULTADOS: A média de idade das crianças na ocasião da cirurgia era de 5,5 meses (três a 11 meses). O seguimento médio dos pacientes foi de 9,5 anos (dois a 13 anos). A média de amplitude de movimento da somatória do arco de mobilidade articular em flexão e abdução no exame pré-operatório foi de 108° (70 a 155°) e no pós-operatório foi de 125° (75° a 175°). Na última avaliação, oito quadris estavam centrados e dois subluxados. Dois quadris foram submetidos a uma osteotomia de ilíaco do tipo Salter. Dois quadris apresentaram sinais significativos de necrose avascular Ogden tipo IV. Oito quadris foram considerados como bons resultados e dois como regulares. CONCLUSÃO: Consideramos a via anteromedial uma boa opção para tratamento da luxação de quadril em pacientes de baixa idade com artrogripose múltipla congênita.

ASSUNTO(S)

artrogripose luxação do quadril procedimentos cirúrgicos operatórios

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