Reconstrução vaginal pelo retalho neurovascular pudendo crural na síndrome de Rokitansky

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Cirurgia Plástica

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010-09

RESUMO

INTRODUÇÃO: Agenesia vaginal relacionada à síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser (MRKH) ocorre na proporção de 1 para cada 4000 ou 5000 nascimentos femininos, causando grande limitação à vida afetiva da paciente. O manejo da agenesia vaginal inclui acompanhamento psicológico e reconstrução vaginal. OBJETIVO: Mostrar a experiência do Serviço com a técnica do retalho neurovascular pudendo crural para reconstrução vaginal no tratamento de 8 pacientes com síndrome de Rokitansky. MÉTODO: Apresentam-se oito casos de síndrome de Rokitansky em que a reconstrução vaginal foi realizada pelo retalho neurovascular pudendo crural, chamado retalho de Cingapura. O período de acompanhamento pós-operatório variou de 6 meses e 3 anos. RESULTADOS: Uma neovagina funcional de, no mínimo, 10 cm de profundidade e 5 cm de diâmetro foi criada em todos os casos. Apesar da queixa de dor local de moderada intensidade no pós-operatório imediato, as pacientes apresentaram-se satisfeitas com os resultados. As relações sexuais foram liberadas no 40º dia de pós-operatório, sem relatos de sangramento ou dor. Três pacientes apresentaram crescimento de pêlo no intróito vaginal. CONCLUSÃO: A técnica do retalho de Cingapura permitiu a reconstrução vaginal sem a necessidade de dilatação pós-operatória, mantendo a inervação do períneo e com cicatrizes pouco perceptíveis.

ASSUNTO(S)

vagina vagina retalhos cirúrgicos

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