Reconhecimento de fala em indivíduos com e sem queixa clínica de dificuldade para entender a fala no ruído

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos Internacionais de Otorrinolaringologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2011-09

RESUMO

INTRODUÇÃO: Estudo clínico e experimental. Indivíduos com audição normal podem ser prejudicados em situações de comunicação desfavoráveis, o que interfere negativamente na inteligibilidade de fala. OBJETIVO: Verificar e comparar o desempenho de adultos jovens, normo-ouvintes, com e sem queixa clínica de dificuldade para entender a fala no ruído, utilizando sentenças como estímulo. MÉTODO: Foram avaliados 50 indivíduos, 21 do sexo masculino e 29 do feminino, com idades entre 19 e 32 anos, normoouvintes, divididos em dois grupos: sem e com queixa clínica de dificuldade de entender a fala no ruído. Utilizando o teste Listas de Sentenças em Português, realizou-se a pesquisa dos Limiares de Reconhecimento de Sentenças no Ruído, com os quais foram obtidas as relações sinal-ruído (S/R). O ruído competitivo foi apresentado a 65 dB NA. RESULTADOS: Os valores médios obtidos para as relações S/R na orelha direita, para o grupo sem queixa e o grupo com queixa, foram respectivamente -6,26 dB e -3,62 dB. Para a orelha esquerda, foram -7,12 dB e -4,12 dB. Foi verificada diferença estatisticamente significante tanto na orelha direita quanto na esquerda entre os dois grupos. CONCLUSÃO: Indivíduos normo-ouvintes com queixa clínica de dificuldade de entender a fala em ambientes ruidosos possuem maior dificuldade na tarefa de reconhecimento de sentenças no ruído quando comparados a sujeitos que não relatam essa dificuldade. Assim deve-se incluir na avaliação audiológica de rotina testes que empregam sentenças na presença de ruído competitivo, avaliando de forma mais confiável e eficiente o desempenho do reconhecimento de fala.

ASSUNTO(S)

audição percepção da fala testes de discriminação da fala ruído

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