Rana catesbeiana, pólvora e modulação supramolecular cicatrização intestinal e prognóstico no câncer de cólon: uma mesma origem biológica para o insucesso?

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Coloproctologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010-06

RESUMO

A cicatrização e remodelação do cólon resultam das modificações do colágeno na matriz extracelular. Algumas condições desequilibram sua renovação, enfraquecendo a resistência mecânica a cicatriz, como resultado da atividade elevada das metaloproteinases locais, e levando a um alto risco de deiscência. As metaloproteinases da matriz extracelular (matrix metalloproteinases, MMPs) constituem uma família de endopeptidases zinco-dependentes - metzincinas. São reconhecidos atualmente, em humanos, cerca de 24 genes responsáveis por cada uma delas. A colagenase (MMP-1) foi identificada por Gross e Lapière (1962) na cauda do girino da rã-touro americana. No câncer as MMPs tem ocupado um lugar especial. Evidências de que a célula neoplásica é capaz de interferir na modulação desta enzima - um co-fator associado à invasividade local e disseminação metastática. As MMP-2 e -7 são observadas com frequência no câncer de cólon, a MMP-12 parece exercer um efeito protetor (melhor prognóstico) e, ao contrário, a MMP-3 o torna pior. A associação entre alta atividade de MMPs, o pior prognóstico do câncer e o maior risco de deiscência de anastomose intestinal já vem sendo considerada, sugerindo uma trilogia consistente. A terapia farmacológica (inibidores MMPs) tem sido investigada, também para o controle do câncer. O artigo discute as informações mais relevantes e atualizadas sobre o assunto.

ASSUNTO(S)

cirurgia colorretal metaloproteinases da matriz câncer de cólon cicatrização de feridas deiscência

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