Quedas em mulheres na pos-menopausa com e sem osteporose : prevalencia e fatores de risco intrisecos / Falls in postmenopausal women without osteoporosis : prevalence and intrisic risk factors

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Objetivo: Avaliar a prevalência de quedas e correlacioná-las com a força muscular da coluna lombar e membros inferiores, flexibilidade da coluna vertebral e equilíbrio corporal em mulheres na pós-menopausa com e sem osteoporose. Sujeitos e métodos: Estudo de corte transversal com 133 mulheres com osteoporose e 133 mulheres sem osteoporose, acima de 60 anos, em amenorréia há no mínimo 12 meses, acompanhadas no Ambulatório de Menopausa do CAISM/UNICAMP. Os critérios de exclusão foram: referir doença musculoesquelética, neurológica com alteração do equilíbrio, sintomas clínicos como tontura, zumbido, hipoacusia e plenitude auricular, antecedente de neoplasia maligna, deficiências visuais, diabetes mellitus e distúrbios tireoidianos não controlados, hipotensão postural e ingestão de medicamentos que alteram o equilíbrio corporal. As mulheres foram entrevistadas sobre a ocorrência de quedas nos últimos 12 meses, informações sociodemográficas e clínicas. O diagnóstico de osteoporose foi realizado através de densitometria óssea, considerando-se T-score = -2,5DP (adulto jovem) na coluna lombar (L1-L4). A força muscular da coluna lombar e membros inferiores foi medida com dinamômetro dorsal, a flexão e extensão da coluna vertebral foram verificadas com aparelho testes de Mann-Whitney e qui-quadrado, coeficiente de correlação de Spearman, flexímetro e o equilíbrio corporal foi analisado através da plataforma de força que avaliou amplitude, velocidade e área elíptica dos movimentos. Na análise estatística foram calculados médias, desvios-padrão e percentuais das variáveis estudadas, odds ratio ajustado e análise múltipla através de regressão logística binária com critério de seleção de variáveis stepwise. Resultados: Mulheres com osteoporose apresentaram menor IMC, menor escolaridade, menor tempo de uso de terapia hormonal e menor idade na menopausa. A média do T-Score da coluna lombar (L1-L4) do grupo osteoporose foi - 2,9 (±0,4 DP) e do grupo sem osteoporose foi 0,0 (±0,9 DP). A maioria das mulheres nos dois grupos era branca, sedentária e aproximadamente 75% fizeram uso de terapia hormonal. A prevalência de quedas foi significativamente maior no grupo de mulheres com osteoporose (51%) quando comparadas ao grupo sem osteoporose (29%) (p<0,01). Mulheres com osteoporose apresentaram risco ajustado de 1,97(1,30 a 3,42) vez maior de quedas e de 3,26(1,23 a 8,21) vezes maior de quedas recorrentes que o grupo sem osteoporose. Aproximadamente 56% das quedas ocorreram em ambiente doméstico. Houve correlação significativa e inversa entre força da coluna lombar (p<0,03) e amplitude de flexão do tronco (p<0,04) com a ocorrência de quedas. A análise de regressão logística mostrou que o aumento da força da coluna lombar diminui o risco de quedas para 0,97, enquanto a presença de osteoporose aumenta o risco de quedas em 2,17 vezes. Conclusões: Mulheres com osteoporose pós-menopausa apresentam maior prevalência de quedas e maior risco de quedas recorrentes quando comparadas com mulheres sem osteoporose. A força muscular da coluna lombar e a presença de osteoporose são fatores intrínsecos associados ao risco de quedas. É necessário identificar fatores de risco para quedas em idosos em geral e criar estratégias para a prevenção, visando a minimizar suas consequências, particularmente as fraturas em mulheres com osteoporose

ASSUNTO(S)

muscle strength força muscular postmenopause prevalence bone density prevalencia osteoporosis osteoporose quedas pos-menopausa densidade ossea

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