Que mulher eu posso ser?: a constituição do psiquismo na menina vitimizada / Which woman can I be?: the constitution of the psyche in the girl victim of violence

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2004

RESUMO

A presente pesquisa desenvolveu-se a partir do atendimento de oito adolescentes vitimizadas em uma instituição assistencial na cidade de Pirassununga-SP. Optei pela utilização do termo "vitimizada" para a caracterização dessas adolescentes por ser assim que elas são freqüentemente denominadas pelo Poder Judiciário, Conselhos Tutelares e pela própria sociedade, levando em conta que no conceito de "vitimização" a ênfase da violência é posta no pólo da vítima, ou seja, naquele que sofre a agressão, em contraste com o uso, por exemplo, do termo "abuso", onde a ênfase está no adulto autor do processo. Este trabalho tem como objetivo investigar a constituição psíquica das meninas cujas respectivas realidades históricas revelam a ocorrência de diversos tipos de violência, como violência física, abandono e violência psicológica. Em tal investigação relevarei de modo especial o momento de assunção à sexualidade adulta. Para tanto, a metodologia de trabalho utilizada é a da psicanálise, enquanto teoria sobre o psiquismo, método de investigação do inconsciente e técnica terapêutica. Trata-se, portanto, de uma pesquisa do tipo qualitativo, trabalhando em profundidade com casos específicos e buscando, a partir da singularidade, tanto o que lhe é exclusividade como o que pode ser transportado ao plano da generalidade. Com relação aos resultados, apresento um estudo de caso de uma jovem de treze anos, procurando mostrar de que maneira a vitimização marcou o seu psiquismo, e como essas marcas manifestam-se no eclodirda puberdade

ASSUNTO(S)

adolescente institucionalizado psicologia violencia psiquismo feminino vitimas de crimes

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