Quais atividades educativas o Auxiliar em Saúde Bucal poderia realizar sem a presença do Cirurgião-Dentista?

AUTOR(ES)
FONTE

Núcleo de Telessaúde Rio Grande do Sul

DATA DE PUBLICAÇÃO

12/06/2023

RESUMO

A motivação e a educação em saúde são de extrema importância na promoção da saúde bucal da população e devem ser trabalhadas o mais cedo possível junto aos indivíduos. Desta maneira, a idade escolar é um período adequado para o trabalho de motivação, porque a criança já desenvolveu habilidades manuais e uma noção das relações de causa e efeito dos fatores que levam a ocorrência de doenças, o que contribui para entender a importância da prevenção (1). Algumas dinâmicas que podem ser trabalhadas com crianças

a) Objetivo: desenvolver autonomia para identificação da placa bacteriana e adoção dos métodos adequados de deplacagem, compreendendo os objetivos da remoção da placa.

b) Materiais necessários: Escovas de dente em quantidade suficiente para todas as crianças participantes (pode-se pedir para que elas compareçam à atividade levando a sua própria escova);  Espelhos (de bolsa, de preferência com cabo) em quantidade correspondente a, pelo menos, metade dos participantes.

c) Procedimento: Faz-se um círculo e as crianças são convidadas a sentar. O coordenador deverá explicar que este é um encontro para fazer experiências que vão demonstrar os fatores e mecanismos que estão envolvidos na determinação da cárie, nos ajudando a entender o que podemos fazer para cuidar da nossa saúde bucal e evitar essa doença.

Para iniciar a reflexão acerca do tema e conhecer o que as crianças sabem a respeito e como esse conhecimento se aplica no dia-a-dia, o coordenador poderá começar fazendo perguntas, tais como:

É importante ir anotando as respostas – tantas quantas surgirem, sem crítica – em um

(ou quadro de giz/quadro branco, ou painel) para poder, depois, ir fazendo associações com os conteúdos que serão trabalhados e também para que as próprias crianças possam compará-las com as respostas dadas ao final da oficina.

A partir das respostas dadas, o coordenador poderá introduzir a atividade seguinte. Se as crianças já tiverem demonstrado conhecer algo sobre placa bacteriana, esse será o “gancho” para fazer a proposta de fazer um “teste” que nos ajuda a reconhecer a placa. Outra forma de começar pode ser: “Vamos fazer uma experiência para saber o que fazemos quando escovamos os dentes? Alguém aqui já fez o ‘teste da língua’?! O primeiro passo é o seguinte: peguem suas escovas de dente e escovem somente os dentes do lado esquerdo da boca e apenas os dentes de cima. Escovem até acharem que eles já estão bem limpos” (o ideal é fazer essa atividade em um local onde haja um escovódromo, mas, se isso não for possível, providencie copos descartáveis para cada pessoa, a fim de que elas possam cuspir se precisarem).

Agora, vamos fazer o ‘teste da língua’. Alguém sabe como é? O ‘teste da língua’ a gente faz passando a língua por todos os nossos dentes, começando pela parte que a gente não escovou até chegar aos dentes que estão escovados (é importante que o próprio coordenador demonstre como fazer).

“Vocês percebem alguma diferença?” O coordenador deverá ir anotando os comentários das crianças a respeito das sensações que experimentaram ao fazer o “teste da língua”, classificando-as em duas colunas: 1) dentes limpos; 2) dentes sem escovação.

Após compor esse quadro, o coordenador deverá fazer as associações entre os depoimentos das crianças e os conteúdos relativos à placa bacteriana, no que diz respeito a sua formação e consistência.

O objetivo aqui é esclarecer que aquilo que puderam perceber pelo “teste da língua” é a presença de placa bacteriana, que tem esse nome por ser formada por grupos de bactérias que aderem aos dentes, concentrando-se principalmente naquelas partes onde é mais difícil chegar a escova. Deve-se estimular, também, a identificação visual da placa, por meio da observação com os espelhos.

É importante ouvir as hipóteses das crianças sobre o que elas acham que forma a placa bacteriana para, então, poder estabelecer correlações e esclarecer a influência da alimentação na determinação da acidez bucal e aceleração da formação da placa, favorecendo o processo de desmineralização da superfície dental e consequentemente o surgimento da cárie.

Concluindo a dinâmica, o coordenador poderá perguntar às crianças, então, para que escovamos os dentes, certificando-se de que tenha favorecido a compreensão de que o objetivo da escovação é a retirada da placa.

Com o auxílio de macromodelos poderá introduzir a importância do uso do fio dental para melhor limpeza/deplacagem, por possibilitar atingir todas as faces do dente. É importante que as próprias crianças demonstrem a escovação no macromodelo bem como o uso do fio dental.

2) MÚSICA “MEUS DENTINHOS BRANQUINHOS” (CRIAÇÃO CD ETIANE CALLAI)-  melodia de “Atirei o Pau no Gato”

os meus dentes bem branquinho-os

eu vou te-e-er

se escovar

todo dia-a

direitinho-o

no café,

no almoço e no jantar!

Objetivo: Fixação da importância da escovação dentária após as refeições e antes de dormir

Modo de funcionamento: Cantar fazendo gestos e desenhar algo que lembre dos horários em que se deve escovar os dentes para por na parede em casa

3) COMO É A NOSSA BOCA?

a) Objetivo: propiciar o conhecimento e o reconhecimento de nossa boca.

b) Material: papel sulfite, lápis de cor e massa de modelar.

c) Procedimento:

4) COMO É O “BICHO DA CÁRIE”? (3)

a) Objetivo: trabalhar com os alunos suas hipóteses a respeito de como a cárie é causada.

b) Material: papel sulfite e giz de cera.

c) Procedimento:

É importante ressaltar que toda a atividade proposta deve ser discutida com o dentista da equipe.

A integralidade do cuidado deve ser estimulada através de ações que envolvam toda a equipe.

Com adultos, sugerem-se as atividades que estão disponíveis na SOF

 

ASSUNTO(S)

saúde bucal auxiliar em saúde bucal d19 sinais/sintomas dos dentes / gengivas educação em saúde bucal prevenção e controle do câncer

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