Quais as orientações que o Agente Comunitário de Saúde deve dar às famílias de recém nascidos filhos de mãe HIV positivo?
AUTOR(ES)
Núcleo de Telessaúde Rio Grande do Sul
FONTE
Núcleo de Telessaúde Rio Grande do Sul
DATA DE PUBLICAÇÃO
12/06/2023
RESUMO
A transmissão vertical (mãe-bebê) é a forma mais comum de infecção por HIV em crianças. Cerca de um terço dos filhos de mães HIV positivo tornam-se infectados. Assim, é importante esclarecer as mães que dois terços não adquirem o vírus, e essa proporção pode ser ainda maior se alguns cuidados forem tomados. Além do tratamento adequado no pré-natal e no trabalho de parto, a mãe deve seguir algumas medidas após o nascimento.
Consultar frequentemente, usar regularmente a medicação e não amamentar são condutas importantes para que o binômio mãe-bebê permaneça com saúde.
O lactente exposto ao HIV deve ser acompanhado com consultas quinzenais nos dois primeiros meses de vida, mensais até os seis meses e trimestrais até 18 a 24 meses.
Ele deve fazer uso do AZT xarope diariamente do nascimento até as 6 primeiras semanas de vida e de sulfametoxazol + trimetoprim a partir de 4 a 6 semanas até 4 meses de idade. Deve realizar os exames solicitados pela equipe assistente, incluindo os que podem afastar a infecção.
Baixo ganho de peso e atraso do desenvolvimento neuropsicomotor podem ser sinais de infecção, mas a confirmação só ocorre com o exame de sangue. Caso a criança se torne HIV positivo, é importante oferecer apoio emocional e todas as informações necessárias, afastando fantasias que possam atrapalhar a adesão ao tratamento e reforçando atitudes positivas, criando uma relação de confiança mútua.
É importante salientar para os responsáveis que é uma doença crônica, que não tem cura, mas que há grande possibilidade de as crianças infectadas atingirem a adolescência, possibilidade remota até alguns anos atrás.
Como o aleitamento materno é contraindicado, o lactente deve receber outro leite. A fórmula infantil é a melhor alternativa, por possuir nutrientes mais semelhantes ao leite materno, mas seu custo muitas vezes limita sua aquisição. Em alguns municípios, o acesso à fórmula é garantido por programas governamentais.
Se opção for o leite de vaca, ele deve ser diluído para reduzir o excesso de proteínas. Nessas condições, há maior risco de desenvolver desnutrição e diarreia. Por isso, é importante monitorar o ganho de peso e orientar o uso de Sais de Reidratação Oral se necessário.
Outro aspecto importante são as vacinas especiais. Crianças expostas ao HIV podem fazer uso de vacinas diferentes para Pólio e tríplice bacteriana e de imunizações adicionais, conforme orientação da secretaria de saúde do município.
ASSUNTO(S)
promoção da saúde agente comunitário de saúde a45 educação em saúde/aconselhamento/dieta agentes comunitários de saúde síndrome de imunodeficiência adquirida
ACESSO AO ARTIGO
https://aps-repo.bvs.br/aps/quais-as-orientacoes-que-o-agente-comunitario-de-saude-deve-dar-as-familias-de-recem-nascidos-filhos-de-mae-hiv-positivo/Documentos Relacionados
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